As implicações da política curricular na formação acadêmico - profissional sob uma perspectiva inclusivo - inovadora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Luciane Grecilo
Orientador(a): Mello, Elena Maria Billig
Banca de defesa: Mello, Elena Maria Billig, Freitas, Diana Paula Salomão de, Rodriguez, Rita de Cássia Morem Cóssio, Brizolla, Francélli
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Acadêmico em Ensino
Departamento: Campus Bagé
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5407
Resumo: A presente pesquisa, intitulada “As implicações da política curricular na formação acadêmico-profissional sob uma perspectiva inclusivo-inovadora”, traz à tona discussões, a partir de textos da política, entrecruzadas com PPCs de cursos de Mestrado. Lançamos este estudo com o propósito de pesquisar as convergências e divergências inter e intra-documentos no que se refere à formação acadêmico-profissional, inclusão educacional e inovação pedagógica. Dessa forma, esta pesquisa apresenta fundamentos teórico-conceituais, para análise documental e análise textual discursiva, dos achados, com base em levantamento bibliográfico e de notícias. Este olhar qualitativo sustenta nossas discussões, indagações e sugestões frente ao cenário educacional. A linha teórico-metodológica descritivo-exploratória nos possibilitou transitar entre documentos da política curricular e PPCs de cinco cursos de Mestrados, nas áreas de Ensino e Educação, da UNIPAMPA. O que permitiu a construção e comunicação de nossas discussões acerca dos desafios educacionais atuais, essencialmente no que diz respeito às três vertentes marcadas em nossa escrita e, que por hora, dada a emergência e carência de mais análises, trazemos para problematizar nesta pesquisa. Nossos achados relacionam textos de documentos legais, normativos e institucionais com olhar para as entrelinhas, há nesta pesquisa alguns confrontos teórico-conceituais de autores-referência, nas áreas de nossa tríade temática, dentre os quais destacamos Saviani (2009), Beyer (1998/2006), Baptista (2006), Carbonell (2002), Tardiff (2002), Lopes e Macedo (2011), Cunha (2018), Diniz-Pereira (1999), Galiazzi (2018), GIL (2010), Nóvo (1999), Pacheco (2016), Sacristán (2013), Singer (2019). . Evidenciamos, através da análise realizada em Análise Textual Discursiva, que há convergências e divergências pontuais nos textos analisados, especialmente no que diz respeito à formação acadêmico-profissional, há presença desta proposta em todos os textos analisados, projetos e diretrizes que pensam a formação inicial e continuada de professores, inclusive através de fomento financeiro e incentivo às atividades complementares de aperfeiçoamento. Além disso, apesar da já homologada Lei Brasileira de Inclusão, verificamos que aparecem propostas de inclusão educacional na política curricular, mas ainda muito sutilmente nos PPCs analisados. Percebemos um olhar à questão do incluir, proposta que apareceu nas leis estudadas, em que há uma forte visão voltada à assistência, à adaptação, ao rótulo e à comparação. Um caminho que ao invés de promover a inclusão com olhar às potencialidades e a um ensino com currículos mais flexíveis acaba excluindo, apontando o que é diferente e o que está fora dos padrões sociais e dos resultados esperados; grandes barreiras que ainda precisam ser transpostas. Há em nossa pesquisa evidências de que a inovação pedagógica, já está presente nas propostas das leis e normativas e nos PPCs estudados, também se observa cada vez mais em projetos inovadores, que preveem a construção de materiais, métodos e metodologias, o que denota mudanças nos movimentos de ensino e aprendizagem; ou seja, há espaço para práticas mais reflexivas que buscam a ruptura com o tradicional e de quebra das dicotomias que tanto fragmentam a educação. Já se verificam propostas de educação integral, estética, democrática, inclusiva e participativa, permitindo protagonismo, autonomia, autoria, ou seja, coletividade. O que encontramos em nossas análises é de extrema relevância, pois além de reforçarem as garantias tanto docentes quanto discentes, ressaltam a necessidade de continuar discussões sobre formação de professores essencialmente no que diz respeito aos desafios que uma educação inclusivo-inovadora representa.