Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Natalia Penitente |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-24062022-113731/
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Resumo: |
Nesta pesquisa tivemos como objetivo analisar os mecanismos linguísticos e discursivos que contribuem para a construção e sustentação de imagens da língua portuguesa de Angola na produção acadêmica de Brasil e Portugal. Como objetivos específicos: i) discutir as implicações discursivas dos verbos modais; ii) verificar como os pesquisadores se posicionam ao falarem sobre a(s) língua(s); iii) examinar as escolhas lexicais usadas para caracterizar a língua; iv) Analisar a heterogeneidade enunciativa a partir dos discursos presente nos textos. Como aparato teórico utilizamos as concepções centrais sobre formações imaginárias advindas da Análise do Discurso (PÊCHEUX, 1993), bem como as concepções modalizações linguísticas (POTTIER, 1978), sobre heterogeneidade enunciativa de (AUTHIER-REVUZ, 1998). A coleta do material analisado deu-se por meio da busca de textos acadêmicos sobre Língua Portuguesa em Angola, defendidas em Portugal e Brasil. Estabelecemos como período de interesse os últimos vinte anos para a coleta, e recorremos ao banco no Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo (SIBI), pelo acesso no Portal de Busca Integrada (PBI), encontramos vinte e três trabalhos, quinze teses e dissertações e oito artigos científicos. Selecionamos quatro para análises pesquisas que discorriam sobre a unidade linguística em Angola, também estudos que discutiram o ensino das línguas nacionais e o processo de colonização e todas demarcaram que as línguas nacionais interferem no ensino da língua portuguesa. Como resultados, no que se refere aos textos acadêmicos da universidade portuguesa, em Angola como minoritária e consolida a imposição da Língua Portuguesa, também sustenta uma imagem de língua como mercado; em relação ao texto acadêmico da universidade brasileira, observamos que a posição dos pesquisadores perpassa marca uma polarização pela língua oral e escrita. O discurso posto em movimento sobre a língua portuguesa é circunscrito pela compreensão de que a norma do português e o português brasileiro e angolano são variedade. Notamos uma imagem enunciada da língua portuguesa pelos pesquisadores estar associada às imposições linguísticas do período colonial, também uma imagem de que as línguas nacionais contaminam a língua portuguesa, bem como uma imagem de língua de um multilinguismo encoberto. Podemos verificar que os sujeitos, nos textos analisados, se posicionam frente à língua a constituir uma única língua da ciência e criando imagens de línguas como sistemas estáveis. |