Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Santos, Marí Castro |
Orientador(a): |
Mendez, Andreas Sebastian Loureiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/235
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Resumo: |
O gênero Cuphea, popularmente conhecido no Brasil por “sete-sangrias”, tem seu uso medicinal reconhecido devido aos efeitos diurético, hipotensor e cardioprotetor. No sul do Brasil, em região característica do bioma Pampa, foi encontrada a espécie Cuphea glutinosa Cham. & Schltdl. Embora o uso popular, esta espécie é pouco descrita na literatura. O presente trabalho tem como objetivos o estudo da composição química dos extratos de C. glutinosa e a avaliação das atividades antifúngica e anti-hipertensiva. O material vegetal foi coletado na cidade de Uruguaiana (RS, Brasil), identificado e depositado em herbário. Após secagem e trituração do material vegetal, foram obtidos os extratos hidroetanólicos através de maceração exaustiva com etanol 40% (v/v) para folhas e etanol 70% (v/v) para raízes. Para a infusão, utilizou-se água a 80oC. As análises cromatográficas foram realizadas em equipamento cromatógrafo a líquido Prominence Shimadzu, em técnica por CLAE e CLUE. Utilizou-se sistema de fase reversa, eluição por gradiente com fase móvel composta por acetonitrila:metanol (4:1) e ácido fórmico 0,1% pH 3,0, coluna C18 analítica e fast, e detecção por UV-DAD e ESI-MS. Os teores de polifenóis totais e de flavonóides foram determinados por método colorimétrico, seguindo metodologia padronizada. A atividade antifúngica in vitro foi realizada utilizando o método de microdiluição em caldo, determinando-se a CIM, in-vitro, contra diferentes isolados clínicos. Para avaliação do potencial anti-hipertensivo in vivo, foram realizadas medições da pressão sanguínea pelo método de monitoramento hemodinâmico invasivo, através da inserção de cateter na artéria carótida. Os resultados de teor de fenólicos totais indicaram predominância destes componentes em extratos obtidos de folhas e por maceração, conforme os valores obtidos: 1,8501 mg EAG/mL (folhas) e 0,8467 mg EAG/mL (raízes) para infusão, e 3,7284 mgEAG/mL (folhas) e 2,6266 mg EAG/mL (raízes) para maceração. Quanto ao teor de flavonóides, os resultados quantitativos foram: 7,0959 mg/g (folhas) e 0,5664 mg/g (raízes) para a infusão, e 7,9511 mg/g (folhas) e 0,5994 mg/g (raízes) para maceração. Na análise cromatográfica, os extratos obtidos das folhas de C. glutinosa apresentaram picos cromatográficos bem separados, em perfil reprodutível. Na determinação por CLUE-MS, os dados de íon molecular e fragmentos de massa indicaram a composição predominante em flavonóides, sugerindo-se os componentes quercetina-3-O-glicosídeo, quercetina-3- arabinosídeo, quercetina-3-glicuronídeo, isoramnetina e quercetina-5-O-β-glicopiranosídeo. Para o potencial antifúngico, os extratos das folhas e raízes apresentaram atividade in vitro contra Candida parapsilosis, Candida tropicalis e Trichosporon asahii, com CIM variando na faixa de 1,9-62,5 μg/mL. Nos testes hemodinâmicos realizados, os extratos das folhas não apresentaram efeito significativo sobre a pressão arterial. A identificação dos componentes em C. glutinosa, derivados de quercetina, torna promissora novas investigações a fim de aprofundar o conhecimento a respeito desta espécie, em especial na busca de respostas para a relatada ação anti-hipertensiva. |