Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Goulart, Aline da Silva
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Orientador(a): |
Folmer, Vanderlei
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Bioquímica
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5620
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Resumo: |
Disfunções associadas a dietas com alimentos ultra processados, ricas em carboidratos e biologicamente inadequadas são cada vez mais evidenciadas na literatura. Obesidade, síndrome metabólica e Diabetes mellitus tipo II estão entre as alterações metabólicas mais recorrentes e comprometedoras. O DM é um fator de risco para o desenvolvimento de alterações neurológicas, como o mal de Alzheimer e a Doença de Parkinson. Diversos modelos animais têm sido utilizados para se estudar os mecanismos envolvidos em síndromes metabólicas e comprometimentos neurodegenerativos. Dentre esses modelos citamos a Drosophila melanogaster, conhecida como a mosca da fruta. Esse animal tem se destacado pela semelhança existente entre o seu sistema endócrino com o dos mamíferos. Sendo assim, este estudo teve por objetivo avaliar os efeitos de uma dieta rica em sacarose sobre o comportamento associado a neurodegeneração em moscas. Para isso, as moscas foram alimentadas com uma dieta padronizada, em diferentes concentrações de sacarose, sendo: 5% sacarose (controle), 10%, 20% e 40% sacarose. Foi ofertada 300μl diariamente da dieta durante cinco dias, usando o método de alimentação Continuous Liquid Feeding (CLF). Os dados demonstraram que as moscas expostas a dieta hiperglicídica tiveram redução no tempo de vida. Em relação ao parâmetro de peso as moscas não tiveram nenhuma alteração. A dieta causou o aumento dos níveis de glicose e triglicerídeos, no corpo inteiro das moscas e também na hemolinfa e carcaça dos animais. Ainda, as moscas que foram alimentadas com as concentrações de 40% sacarose apresentaram os níveis de estresse oxidativo elevado. Essa alteração também foi acompanhada pela a depleção significativa dos níveis de dopamina da cabeças desses animais. Nosso estudo também demostrou que as moscas expostas a dieta nas concentrações mais altas se sacarose apresentavam déficits de comportamento locomotor e exploratório. Assim, consideramos que, as alterações metabólicas, como aumento dos níveis de glicose e triglicerídeos, ocasionam o acréscimo dos níveis de estresse oxidativo, que por sua vez levam a depleção dos níveis de dopamina, também acreditamos que a redução dos níveis de dopamina possivelmente precede os danos locomotores observados. A partir do exposto, nossa pesquisa contribui com outros estudos no intuito de compreender o envolvimento da síndrome metabólica e o surgimento das doenças neurológicas. Afim de elucidar essa questão, temos como perspectiva futuras, 1: avaliar alguns genes que estejam envolvidos na sinalização da insulina como os dilps (2, 3 e 5), CHICO, Inr; 2: avaliar a toxidade da dieta hiperglicídica sobre marcadores inflamatórios em Drosophila melanogaster e 3: avaliar o reposicionamento de fármacos no tratamento do DM tipo II. |