Toxicidade do herbicida atrazina sobre sistema dopaminérgico e parâmetros de estresse oxidativo em Drosophila melanogaster.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Figueira, Fernanda Hernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.furg.br/handle/1/8267
Resumo: Vários poluentes ambientais são conhecidos por causar danos ao sistema dopaminérgico devido ao desequilíbrio do metabolismo energético. A atrazina é um herbicida amplamente utilizado e, por isso, tornou-se um dos contaminantes ambientais mais comuns. Foi demonstrado que a exposição à atrazina diminui a viabilidade larval, aumenta o metabolismo energético de moscas fêmeas e inibe a atividade da enzima ATP sintase. Em mamíferos diversos estudos relatam que a exposição à atrazina altera a neurotransmissão dopaminérgica. Entretanto, poucos ou nenhum estudo tem investigado os mecanismos de neurotoxicidade da atrazina em Drosophila melanogaster. Devido à isto, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do herbicida atrazina no balanço oxidativo bem como no sistema dopaminérgico de D. melanogaster expostas durante o desenvolvimento embrionário e larval. Para isto, os embriões recém-fertilizados foram coletados e divididos em quatro grupos experimentais: grupo controle (meio de cultura livre de atrazina), grupo etanol (meio de cultura livre de atrazina, contento 0,02% de etanol) e dois grupos contendo atrazina em diferentes concentrações (10 µM e 100 µM) e etanol 0,02% no meio de cultura. Após a emersão, os testes foram realizados em machos e fêmeas separadamente. A exposição à atrazina reduziu a viabilidade de larvas e pupas. Moscas recém emergidas apresentaram alterações do metabolismo redox como aumento da geração de espécies reativas de oxigênio, redução da capacidade antioxidante e dano lipídico. Além destes resultados, alterações comportamentais foram observadas em fêmeas, acompanhado de um aumento da atividade da enzima tirosina hidroxilase e aumento da expressão dos genes que codificam os receptores de dopamina. Machos não tiveram alterações nos testes comportamentais realizados, bem como nos parâmetros relacionados ao sistema dopaminérgico. Entretanto, a expressão de genes associados à proteção celular foram alterados em machos e fêmeas, porém apresentando um padrão diferente entre os sexos. Os resultados indicam que o desequilíbrio redox causado pela exposição à atrazina em D. melanogaster pode estar relacionado à desregulação do sistema dopaminérgico.