Efeitos do tratamento com chá verde (camellia sinensis) no dano oxidativo e déficit de memória induzido pelo acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e pelo AVC hemorrágico em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Altermann, Caroline Dalla Colletta
Orientador(a): Carpes, Pâmela Billig Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/318
Resumo: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é classificado em dois tipos: Isquêmico e Hemorrágico. Dentre as sequelas decorrentes do AVC destacam-se as alterações funcionais, prejuízo cognitivo e perda de memória. Além disso, sabe-se que em uma situação como o AVC ocorre o desbalanço do estado redox e, como resultado final, o dano neuronal. Atualmente buscam-se intervenções para promover a neuroproteção através de compostos naturais que possam interferir nos mecanismos bioquímicos visando à redução dos danos. O objetivo este estudo foi investigar o efeito da suplementação com chá verde (Camellia Sinensis) sobre o dano oxidativo e déficit de memória de reconhecimento de objetos (RO) induzidos por dois modelos experimentais de AVC, isquêmico (isquemia-reperfusão transitória; IR) e hemorrágico (hemorragia intracerebral, HIC), em ratos. Para isso 80 ratos machos da raça Wistar foram submetidos à cirurgia de indução da IR ou HIC ou Sham, e divididos em oito grupos: Sham IR, Sham IR e chá verde, AVC Isquêmico, AVC Isquêmico e chá verde, Sham HIC, Sham HIC e chá verde, AVC Hemorrágico, AVC Hemorrágico e chá verde. A suplementação com chá foi realizada por 10 dias antes da cirurgia e mantida por 7 dias após, na dose diária de 400 mg/kg. Após a indução do AVC/Sham os animais foram submetidos a tarefas de memória de reconhecimento para avaliar memória curta e longa duração. Além disso, análises em hipocampo para mensuração de parâmetros relacionados ao estresse oxidativo através da determinação dos níveis de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs), detecção de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS); e para a avaliação da capacidade antioxidante através do método de determinação de transferência de elétrons – FRAP, foram realizadas. Os resultados do RO foram analisados através do Teste t de uma amostra (média teórica 50%), e os resultados bioquímicos através do teste t de Student ou ANOVA de uma via com post hoc de Dunn. Ambos os tipos de AVC causaram déficit de memória de curta e longa duração no teste de RO, de forma que os animais não reconheceram o novo objeto após o AVC. Por outro lado, os animais que receberam chá verde previamente ao AVC, assim como os animais dos grupos Sham, gastaram significativamente mais de 50% do tempo total de exploração explorando o novo objeto. Os dois subtipos de AVC induziram um aumento nos níveis de EROs, o AVC hemorrágico causou lipoperoxidação hipocampal e o AVC isquêmico diminuiu a capacidade antioxidante total, o que relacionamos os consequentes déficits mnemônicos observados. A suplementação com chá verde, por sua vez, demonstrou efeito neuroprotetor e preveniu o dano celular causado pelos modelos de AVC; o chá foi eficiente em evitar o aumento de EROs nos dois modelos, e peroxidação lipídica no grupo AVC Hemorrágico, além manter a capacidade antioxidante total em ambos. Estes resultados comprovam que o AVC provoca déficit de memória de reconhecimento de curta e longa duração e dano oxidativo hipocampal, e que a suplementação de chá verde pode proteger contra tais danos.