Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Macedo, Giulianna Echeverria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/1451
|
Resumo: |
O Brasil apresenta uma rica biodiversidade, sendo que muitas das espécies aqui encontradas tem servido como fonte de compostos com propriedades únicas tanto na medicina como na área biotecnológica. Muitos destes compostos são sintetizados a partir do metabolismo secundário vegetal e nas plantas atuam como atrativos ou mecanismos de defesa. Pesquisas relacionadas com os potenciais das plantas são necessárias para um melhor entendimento das propriedades biológicas que apresentam. Senecio brasiliensis (Spreng) Less., é uma espécie vegetal conhecida popularmente como “maria mole”, presente em pastagens da região Sul do país, sendo suas folhas consumidas pelos animais e capaz de causar hepatotoxicidade. Tal toxicidade se deve ao seu metabolismo secundário, responsável pela síntese de metabólitos tóxicos, principalmente os alcaloides pirrolizidínicos. A espécie é utilizada popularmente para fins medicinais, e possui demonstrada ação tóxica em insetos. Em vista de sua toxicidade e potencial biotecnológico, um estudo mais completo de sua ação se faz necessário. Neste trabalho avaliou-se o efeito biológico da exposição do extrato hidroalcoólico das folhas de Senecio brasiliensis (EHSB) no modelo experimental de Drosophila melanogaster. A análise do perfil fitoquímico do EHSB demonstrou a presença de ácidos fenólicos e flavonoides, e atividade antioxidante in vitro através dos ensaios de ABTS, DPPH, fenóis totais e FRAP. Em ensaios in vivo, EHSB não causou mortalidade de moscas na fase adulta, entretanto a taxa de eclosão foi significativamente diminuída quando as moscas desenvolveram-se em meio de cultura contendo 1 mg/mL de EHSB. Nas larvas do terceiro ínstar observaram-se diminuição da viabilidade celular, aumento da atividade das enzimas antioxidantes GST e SOD, EROs, e diminuição da CAT e aumento da razão GSH/GSSG. Houve aumento na expressão dos genes Nrf2, TrxR, CAT, Drice e Dilp6, e diminuição da fosforilação de proteínas quinases JNK1/2, ERK2 e p38MAPK e AKT, além de um aumento na clivagem de PARP, em paralelo com aumento da atividade de caspase 3/7. Também observou-se uma diminuição nos níveis de glicose, glicogênio e triglicerídeos. O aumento da expressão gênica de Nrf2, da atividade das enzimas GST e SOD e razão GSH/GSSG servem como um indicativo de um estado de estresse oxidativo ocasionado pelo EHSB e atuação da defesa antioxidante das larvas. A diminuição nos níveis de glicose, glicogênio e triglicerídeos pode indicar uma diminuição na reserva energética necessária para fases posteriores ao desenvolvimento larval, como para a eclosão em indivíduo alado, podendo isto ser ocasionado pela inibição da fosforilação de proteínas de transdução de sinal envolvidas neste processo pela diminuição do ATP. Dessa forma, nossos resultados demonstram a toxicidade do HESB e sua capacidade em induzir marcadores de estresse oxidativo e apoptose celular, prejudicando o desenvolvimento de larvas de D. melanogaster e processo de eclosão de moscas adultas. |