Avaliação Preliminar In Vitro do Potencial Antioxidante e da Toxicidade de Ceiba Speciosa (a. St.-hill) Ravenna (paineira)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Malheiros, Camila Krüger Cardoso
Orientador(a): Farias, Fabiane Moreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/232
Resumo: As pesquisas no desenvolvimento de fármacos a partir de plantas têm apresentado resultados promissores para as mais diversas doenças. Ceiba speciosa A. St. Hill (paineira) é uma espécie arbórea tropical pertencente à família Malvaceae, que no Rio Grande do Sul ocorre principalmente na região de floresta do Alto Uruguai. Existem relatos populares de utilização do chá das cascas desta espécie na região noroeste do Rio Grande do Sul – Brasil, para a redução dos níveis sanguíneos de colesterol. Contudo, ainda não foram encontrados dados científicos sobre a confirmação da eficácia e segurança de seus efeitos, tampouco dados fitoquímicos acerca da espécie. A literatura apresenta estudos sobre outras espécies do gênero Ceiba, sendo que Ceiba pentandra, empregada como agente hipoglicêmico, representa a espécie mais investigada. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo realizar uma avaliação preliminar do potencial antioxidante e da toxicidade de Ceiba speciosa (A. St.-Hill). Para tanto, o extrato aquoso de C. speciosa foi preparado conforme o método de uso popular e seco por liofilização (denominado EALCs), para utilização na realização dos testes in vitro. O precipitado obtido a partir do extrato etanólico bruto (Cs1) também foi utilizado nos testes. Dando sequência às análises, foram realizadas: a análise fitoquímica da espécie; determinação do dano oxidativo e do potencial antioxidante e avaliação da genotoxicidade. Os resultados obtidos neste estudo foram analisados através do software estatístico Graph Pad Prism 5.0. O extrato aquoso de Ceiba speciosa e de Cs1 demonstraram potencial antioxidante in vitro frente a lipídeos e proteínas nas concentrações de 50 e 10 μg/mL. Nestas concentrações ainda foi observada uma atividade superior a 50% na avaliação da captação do radical 2,2-difenil-1- pricril-hidrazil (DPPH). Além disso, concentrações de 10, 5 e 2 μg/mL não apresentaram toxicidade nos parâmetros avaliados, sugerindo a relativa segurança na sua utilização popular. Desta forma, é possível indicar que a dose de 10 μg/mL é a dose que teve melhores resultados de forma geral, uma vez que não apresentou toxicidade e demonstrou potencial antioxidante. Por se tratar de uma planta de ampla utilização no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, o presente estudo representa a primeira avaliação a respeito da caracterização da espécie, e da segurança de sua utilização, uma vez que as doses que não apresentaram toxicidade estão dentro do parâmetro de ação biológica, em humanos.