Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Alves, Flávia Azambuja |
Orientador(a): |
Simioni, Taíse |
Banca de defesa: |
Vargas, Diego da Silva,
Lazzaris, Fabiane |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Ensino de Linguas
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Departamento: |
Campus Bagé
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/3782
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Resumo: |
O objetivo dessa pesquisa é investigar a relação entre a explicitação de inferências e uma leitura proficiente e crítica em textos multimodais. Para isso, nos ancoramos em Vargas (2012, 2015, 2017, 2018), que entende inferências como a criação de algo inédito a partir da relação entre conhecimento prévio e informações selecionadas no texto. Também nos ancoramos em Kleiman (2001) para justificar nossa escolha pelo trabalho com inferências, já que para a autora são as inferências que fazemos durante a leitura que retemos na memória e não informação literal. Também é fundamental discutir o que entendemos por metainferência, que, para Díaz (2003), é a reflexão sobre o processo inferencial. Com relação à metodologia, realizamos uma pesquisa-ação que tem por objetivo analisar uma intervenção feita em uma turma de terceiro ano do Ensino Médio de uma escola pública da cidade de Bagé, por meio de uma WebQuest, uma pesquisa orientada na internet que tinha como temática a representação da mulher em textos mutimodais, em especial, músicas e videoclipes. A temática escolhida se relaciona com o objetivo de que os alunos tenham uma leitura crítica. Além disso, apesar dos avanços, é possível perceber que a mulher ainda enfrenta muita opressão em nossa sociedade e entender como ela é representada na mídia ajuda a entender essa opressão. Os resultados apontam que os alunos passaram a valorizar seu conhecimento prévio na relação com o texto, além de perceberem o papel do estabelecimento de objetivos e hipóteses para a leitura. Além disso, os alunos foram capazes de falar explicitamente sobre inferências e avaliar quando perguntas são inferenciais ou não; isso indica que o trabalho com a explicitação de inferências auxiliou para que os alunos se tornassem mais proficientes. Houve uma mudança em relação ao conceito de texto, que foi ampliado. Os alunos passaram a perceber outras possibilidades de texto, não só o verbal escrito, o que ampliou a ideia de texto mutimodal, que conjuga diferentes semioses. Por fim, os alunos mostraram maior criticidade em relação à temática trabalhada, representação da mulher, assim como o número de respostas inferenciais aumentou. Apesar dos resultados positivos encontrados, foi possível perceber que estes poderiam ser ampliados a partir de um trabalho contínuo com a metainferência em leitura. Além das mudanças em relação à leitura, foi possível perceber uma mudança em relação ao comportamento com os colegas: conseguimos construir uma comunidade, em que os alunos aprenderam a se ouvir e se respeitar. |