Análise de parâmetros hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo em ratos wistar tratados com nanocápsulas contendo quinina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Golke, Alessandra Melise
Orientador(a): Manfredini, Vanusa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pampa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Campus Uruguaiana
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/279
Resumo: A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium, sendo que o P. falciparum é responsável pela maioria das mortes. O quadro clínico dessa parasitose inclui febre, calafrios, cefaleia, vômito, diarreia, anemia, coma e morte. O mais antigo antimalárico é a quinina, um alcaloide obtido a partir da casca da árvore de espécies de Cinchona. Devido a sua toxicidade e ao surgimento de novos fármacos, seu uso foi limitado, porém voltou a ter maior importância em virtude da resistência do plasmódio a outros medicamentos. Uma alternativa para minimizar a toxicidade é o desenvolvimento de uma forma farmacêutica capaz de tornar esse fármaco menos tóxico, como os sistemas nanoencapsulados. O presente trabalho teve como objetivo verificar parâmetros hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo em ratos Wistar tratados com nanocápsulas contendo quinina. Os animais foram divididos em quatro grupos, os quais receberam os seguintes tratamentos: controle (solução salina - NaCl 0,9%); quinina livre (75mg/Kg/dia); nanocápsulas brancas; nanocápsulas contendo quinina (75mg/Kg/dia). As formulações foram administradas três vezes ao dia por via intraperitoneal durante sete dias consecutivos. No oitavo dia os ratos foram eutanasiados e o sangue venoso foi coletado para análises posteriores. O tratamento com nanocápsulas contendo quinina foi capaz de manter os níveis hematológicos dentro dos limites normais. Os marcadores das funções cardíaca, hepática e renal apresentaram níveis sanguíneos significativamente diminuídos no grupo tratado com nanocápsulas contendo quinina em relação ao grupo tratado com quinina livre. As enzimas antioxidantes catalase, superóxido dismutase e glutationa peroxidase apresentaram uma atividade significativamente mais elevada no grupo tratado com nanocápsulas contendo quinina comparado ao grupo quinina livre, assim como o nível de glutationa reduzida. A quinina foi capaz de induzir dano lipídico, proteico e genético, e sua nanoencapsulação atenuou o dano. Assim, estes resultados demonstraram que a nanoencapsulação pode ser eficaz na redução dos efeitos adversos causados pela quinina, tornando este medicamento mais seguro para o tratamento da malária.