Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Zuravski, Luísa |
Orientador(a): |
Manfredini, Vanusa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br/jspui/handle/riu/307
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Resumo: |
As plantas são consideradas a melhor fonte de antioxidantes naturais. Entre elas, um alimento funcional largamente utilizado é a linhaça (Linum usitatissimum L.). A linhaça é composta basicamente por minerais, vitaminas, proteínas e lipídeos. Adicionalmente, contêm quantidades significativas de outros componentes bioativos como polifenóis, ácidos graxos poliinsaturados, fibras e lignanas. Relata-se que uma refeição contendo linhaça tem um elevado potencial nutricional, não somente pelo teor de proteínas, mas também pela quantidade de fibras solúveis e lignanas. O uso popular está em plena ascensão, entretanto, ainda existem poucos trabalhos envolvendo humanos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a variedade (linhaça marrom ou dourada), forma de apresentação mais eficaz (farinha de linhaça ou grãos) e os reais benefícios da linhaça sob o status oxidativo, nível glicêmico e perfil lipídico em voluntários humanos saudáveis. Para isso, 48 voluntários foram selecionados e orientados a ingerirem 40g diárias de linhaça in natura pela manhã, durante 14 dias. Coleta de sangue venoso em jejum, medidas antropométricas e de pressão arterial foram realizadas antes e após o período de suplementação. Os resultados demonstraram que os parâmetros clínicos não modificaram significativamente no período de 14 dias de suplementação, mas mudanças significativas nos marcadores de estresse oxidativo foram observadas. Observou-se um efeito significativo da intervenção dietética com grãos de linhaça dourada ou marrom em proteger as proteínas plasmáticas e os lipídeos de membrana da ação danosa das espécies reativas. Este efeito positivo não foi observado na suplementação com farinha de linhaça marrom ou dourada. Esta ausência de resultado pode estar relacionada com o conteúdo de flavonoides que se apresenta maior no grão e mostra uma notável capacidade de neutralizar espécies reativas. A concentração de polifenóis plasmáticos diminuiu significativamente após 14 dias de suplementação. Este resultado, possivelmente, é consequência direta da neutralização de espécies reativas geradas pela metabolização dos ácidos graxos linoleico e linolênico, presentes na linhaça. Os teores de vitamina C aumentaram após 14 dias de ingestão de linhaça marrom ou dourada, mostrando a presença desta vitamina na semente. Os dados não mostraram nenhuma alteração na análise de danos ao DNA pelo teste cometa e frequência de micronúcleos. A defesa antioxidante enzimática, Superoxido dismutase, Catalase e Glutationa peroxidase, não mostraram alterações significativas em suas atividades após o período de suplementação. Assim, os resultados indicam que a semente de linhaça, na forma de grão, em ambas as variedades, pode ser um valioso suplemento, auxiliar no tratamento de doenças que apresentam como base os radicais livres. |