A relação pedagógica entre professor e aluno na educação básica: indicadores para o planejamento e realização do trabalho pedagógico a partir do movimento escoteiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ruthes, Guilherme
Orientador(a): Mendes, Ademir Aparecido Pinhelli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uninter.com/handle/1/105
Resumo: A pesquisa foi realizada para o Programa de Mestrado Profissional Educação e Novas Tecnologias do Centro Universitário Internacional Uninter, linha de pesquisa Formação Docente e Novas Tecnologias na Educação, Grupo de Pesquisa Educação, Tecnologia e Sociedade. Tem como tema central a interação entre professor e aluno na organização e desenvolvimento do trabalho pedagógico, utilizando como subsídio o desenvolvimento do trabalho educativo em uma iniciativa de educação não formal, o Movimento Escoteiro. Apresenta a hipótese de que o trabalho pedagógico desenvolvido com a participação e organização dos sujeitos diretamente envolvidos por meio do diálogo pode oferecer melhores resultados e engajamento, o que leva à questão: quais as características da relação pedagógica entre alunos e professor fundadas na participação e envolvimento dos sujeitos no processo de planejamento e realização do trabalho pedagógico? Justifica-se a pesquisa pela necessidade de criar indicadores para organizar estratégias pedagógicas adaptáveis a diversos tipos de sala de aula e em diversos níveis, sem focarem dispositivos ou modelos específicos, evitando o que Apple (1989) aponta como pacotes de material curricular, relacionando ao que Meirieu (1998) define como aproximar os alunos dos objetos culturais. O objetivo da pesquisa é compreender como se dá a relação pedagógica entre jovens e adultos no desenvolvimento de atividades educativas em um grupo de escoteiros, analisando como esta experiência pode contribuir para o planejamento e desenvolvimento das atividades escolares na educação formal. De forma específica definimos os objetivos: a) investigar os conceitos de organização escolar, a aprendizagem e a experiência por meio de revisão de literatura; b) realizar observação participante em grupo do Movimento Escoteiro para pesquisar empiricamente a relação de mediação entre jovens e adultos no contexto de realização de atividades próprias do escotismo; c) identificar, pela triangulação dos dados da pesquisa teórica e empírica, possibilidades de interface da relação de mediação entre jovens e adultos e o trabalho pedagógico; d) propor indicativos para o planejamento, organização e realização do trabalho pedagógico fundamentado no diálogo entre professor e alunos, sendo este o produto resultante desta pesquisa. Para o desenvolvimento, foi realizada pesquisa de campo, do tipo observação participante, em sete encontros, observando as atividades desenvolvidas por dois grupos de jovens do Movimento Escoteiro, na cidade de Curitiba-Paraná. As observações foram organizadas, categorizadas e analisadas e produziram os subsídios para construção dos indicativos para o planejamento e realização do trabalho pedagógico fundamentado no diálogo entre professor e alunos. Para a fundamentação teórica foram utilizados os trabalhos de Jarvis (2006) para a fundamentação do conceito de aprendizagem; de Meirieu (1998), para os conceitos de aprendizagem, mediação e avaliação; de Apple (1989), para o conceito de poder e controle; de Freire (2013), com o conceito de diálogo; de Dubet (1994), com o conceito de lógicas da ação; de Vasconcellos (2005), que aborda a construção do conhecimento em sala de aula; e de Gasparin (2015), que apresenta uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Conclusivamente são desenvolvidos e apresentados os indicativos, os quais mantemos a expectativa de poder aplicar em sala de aula para, então, avaliar os resultados empíricos.