Memórias institucionais da reciclagem de resíduos pós-consumo em duas cooperativas da economia solidária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gross, André
Orientador(a): Borges, Maria de Lourdes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitario La Salle
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memoria Social e Bens Culturais (PPGMSBC)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11690/664
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo estudar a memória institucional em dois empreendimentos de economia solidária. A relação entre os dois temas, da memória institucional e da economia solidária, se apresenta de maneira incipiente. Parte-se do pressuposto de que a memória é um importante elemento para o avanço dos empreendimentos de economia solidária. O percurso metodológico utilizado abrangeu uma pesquisa qualitativa, exploratória de estudos de caso simples, utilizando-se entrevistas temáticas. No que se refere à análise dos dados, ela ocorreu por meio da análise de conteúdo. Os resultados indicam que os elementos da memória institucional se mostram distintos nas duas cooperativas estudadas. Na Renascer foram evidenciadas características como acolhimento de pessoas socialmente excluídas, sentimentos de formar uma grande família, porém muitos cooperados não se sentem como donos do negócio, com alguma ambivalência sobre a maneira como a comunicação acontece, além do enfrentamento dos conflitos por meio de regras de convivência. As marcas da memória institucional na Cootre remetem à confiança como a sua base, tanto em relação à cooperativa, quanto em relação à liderança e aos pares. Em situações de conflito, o diálogo é suscitado nas primeiras discussões. Na Cootre, as pessoas são vistas com seus potenciais, para além de estereótipos ou preconceitos, permitindo que vidas fossem transformadas. O estudo da memória institucional na Cootre mostra como a economia solidária pode ser uma alternativa socioeconômica, porém não sem contradições, tais como falta de espaços de construção coletiva nas decisões, ou pessoas que saíram da cooperativa quando disseram que não o fariam. Portanto, apesar de a trajetória temporal da Renascer ser mais longa que a da Cootre, percebe-se que a memória institucional da Cootre pode ser entendida como calcada em confiança, enquanto que a da Renascer é calcada em regras.