Educação Matemática: estudo do baixo desempenho em uma escola de Gravataí, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Curzel, Daniela Nunes
Orientador(a): Andreola, Balduino Antônio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário La Salle
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11690/598
Resumo: Esta dissertação analisa as razões do fenômeno do baixo desempenho em matemática nos oitavos e nonos anos do ensino fundamental, tendo como campo de pesquisa uma escola da rede pública estadual de Gravataí, RS. A pesquisa inicia com o resgate histórico das matemáticas, discutindo a evolução e o desenvolvimento de práticas de alguns povos e do seu ensino no Brasil, mostrando que existem várias técnicas ou maneiras de aprender ou aplicar a matemática, diferentes dos métodos escolares. O debate da evolução do ensino da matemática no Brasil demonstrou como o país atingiu o panorama educacional vigente da disciplina. Em segunda instância, a pesquisa aborda a discussão de alguns acontecimentos históricos e políticos marcantes ocorridos na educação brasileira e de certos problemas atuais, analisando os efeitos produzidos pela política e a influência das tendências globais e neoliberais. Por fim, trata da pesquisa de campo na referida escola. A investigação teve como metodologia a pesquisa-participante, através de entrevistas semiestruturadas com os membros da equipe diretiva da escola, professores e alunos que elucidaram fatores e aspectos fundamentais para a problemática do baixo desempenho em matemática. Os estudos e reflexões realizados ao longo de toda a pesquisa, inter-relacionando as temáticas debatidas com os diálogos da pesquisa-participante, revelam que a matemática ensinada em sala de aula está distante da realidade e, ao longo do tempo, foi se distanciando das experiências concretas. Pode-sesentir a influência da internacionalização do capital nas políticas educacionais, bem como a predominância do ensino de competências. Presencia-se que a aprendizagem nos oitavos e nonos anos está mais concentrada na aplicação de exercícios do que na formulação de situações-problema, evidenciando a repetição e a quantificação. Nota-se a influência da transição de estágios de desenvolvimento cognitivo, de um pensamento mais concreto para um que utilize estruturas lógicas mais hipotético-dedutivas, que coincide com as dificuldades em aprender a matemática. Por fim, enfatiza-se a proposta da inserção da metodologia de projetos, envolvendo diversas disciplinas e a comunidade.