Festa de São Cristóvão, “o Santo Transportador”: sociabilidades, rememorações, construção de identidade e enraizamento no bairro Igara, Canoas, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Miriane Steiner de
Orientador(a): Graebin, Cleusa Maria Gomes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade La Salle
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Bens Culturais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11690/2312
Resumo: Esta é uma pesquisa que se insere no campo de estudos em memória social, tendo como objeto, a Festa de São Cristóvão realizada no Bairro Igara, Canoas, RS, desde 1957. A problemática foi construída em torno dos sentidos e significados, os saberes e fazeres da celebração, a consideração desta como vetor de enraizamento, de coesão comunitária, pertencimento identitário e bem cultural imaterial da comunidade a ela relacionada, cujos membros pioneiros eram migrantes das regiões coloniais italianas do Rio Grande do Sul. Seu objetivo geral é compreender a festa de São Cristóvão a partir das narrativas de moradores do Bairro, especificamente aqueles que fazem parte da comunidade do Santuário que tem São Cristóvão como patrono. Teoricamente, trabalhou-se com categorias como memória coletiva, comunidade afetiva, quadros sociais da memória, memória reivindicada, identidades narrativas, enraizamento e bem cultural para compreender a Festa, seus elementos, rituais e demais manifestações. Metodologicamente, trabalhou-se a partir da História Oral, acionando narrativas de membros da comunidade do Santuário de São Cristóvão, adotando, ainda, procedimentos como o da observação não participante, durante as edições da Festa, nos anos de 2018, 2019 e 2020, e oda pesquisa documental, os quais foram relevantes para responder aos questionamentos e objetivos propostos. O corpus documental foi composto por fontes orais, matérias jornalísticas, documentos imagéticos e escritos, os quais foram analisados a partir de interpretação e problematização por meio das categorias elencadas. Identificaram-se construções memoriais fortes, com indícios de processos de enraizamento, coesão comunitária, pertencimento identitário, tendo a Festa como ancoragem e como bem cultural.