Avaliar o perfil psicológico, através da Adult Self Report e da Child Behavior Checklist, dos cuidadores e das crianças com sobrepeso e obesidade atendidas no Ambulatório de Reeducação Alimentar de um centro universitário em Canoas, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bittencourt, Karen Freitas
Orientador(a): Walz, Julio Cesar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário La Salle
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento Humano (PPGSDH)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Asr
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11690/697
Resumo: A obesidade é uma síndrome de alterações fisiológicas, bioquímicas, metabólicas, anatômicas, psicológicas e sociais, caracterizada pelo aumento do tecido adiposo, resultando em acréscimo do peso corporal, que ocorre basicamente quando a quantidade de energia ingerida excede o gasto energético por um tempo considerável. Atualmente, o tratamento da obesidade é considerado um enorme desafio terapêutico e de evidência limitada na eficácia da intervenção até nossos dias. A relação entre alimentação e emoções tem sido motivo de interesse de pesquisa há alguns anos. A epidemia de obesidade requer a busca de novos paradigmas para superar esta realidade. Estudos sobre alterações psicológicas são raros na literatura envolvendo crianças e adultos com excesso de peso. O presente estudo avaliou aspectos psicológicos das crianças com excesso de peso atendidas pelo ambulatório de reeducação alimentar de um Centro Universitário em Canoas, RS, através da Child Behavior Checklist (CBCL), bem como aspectos psicológicos, pela Adult Self Report (ASR), dos cuidadores das crianças com excesso de peso atendidas no mesmo ambulatório. A amostra foi constituída de 28 binônios que participam do estudo com excesso de peso, 89,29% possuíam alterações psicológicas avaliadas pela CBCL, e 71,43% dos cuidadores dessas crianças também possuíam alterações psicológicas avaliadas pela ASR. Os resultados mostraram que as populações borderline e clínica, conforme os critérios da ASR e CBCL, são menores entre os pais ou cuidadores e muito maiores entre as crianças. Destacamos que as relações entre excesso de peso e aspectos psicológicos ainda permanecem obscuras na literatura. A revisão de literatura e os resultados encontrados na amostra estudada reforçam a ideia de haver uma área cerebral muito envolvida/afetada nas pessoas com excesso de peso e em termos bidirecionais, que são as áreas de humor. Especialmente envolvidas com o estresse e coping. Existe ainda hoje uma dificuldade em compreender um padrão comportamental, em termos psicológicos, na população pesquisada. A importância desse tipo de estudo decorre da avaliação de populações clínicas e da possibilidade de estimar hipóteses para estudos com amostras de tamanho maior e com delineamentos de maior porte. Observamos que, além de estudos laboratoriais, tornam-se muito necessários estudos comportamentais, na medida em que o excesso de peso é um problema multifatorial e de difícil tratamento ou adesão ao tratamento até hoje. Nesse sentido, a amostra da pesquisa parece oferecer excelentes subsídios ou reforçar a ideia das áreas de humor como foco de estudo e intervenção.