Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Dalla Nora, Maria Elenice Cortese |
Orientador(a): |
Boniatti, Márcio Manozzo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário La Salle
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento Humano (PPGSDH)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11690/709
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Resumo: |
As instituições de saúde tem como princípio básico no atendimento aos pacientes o fornecimento de serviços com o mínimo ou ausência total de riscos e falhas que possam comprometer a segurança do paciente. Entretanto, existem situações que predispõem ao risco de eventos adversos, que são incidentes ou circunstâncias decorrentes do cuidado assistencial à saúde e que resultam em dano não associado à doença de base do paciente. O objetivo geral do estudo foi avaliar a ocorrência de eventos adversos e práticas de segurança após um programa de intervenção de comunicação na passagem de plantão em um hospital público de Porto Alegre. Este estudo caracteriza-se por ser um estudo de intervenção quase-experimento, do tipo antes e depois. O estudo realizou-se nas unidades de internação do Hospital Independência, de Porto Alegre, RS. Os desfechos de interesse coletados foram eventos adversos e práticas de segurança específicos: incidência de atraso da primeira dose do antibiótico em pacientes com infecção; tempo de permanência do cateter venoso central; tempo de permanência do cateter vesical; tempo entre a solicitação e realização de ecografia e tomografia. A coleta dessas variáveis foi realizada de 07 de dezembro de 2015 a 07 de março de 2016 no período pré-intervenção. No mês subsequente todos os enfermeiros receberam treinamento de como utilizar a ferramenta na passagem de plantão. De 10 de abril a 10 de julho de 2016 (período pós-intervenção) foram novamente coletadas as variáveis. No período pré-intervenção, houve 709 internações no hospital. No período pós-intervenção, houve 871 internações. Houve redução de 56% no tempo entre a prescrição e a administração da primeira dose de antibiótico no período pós-intervenção. Não houve diferença nos dias de permanência de cateter venoso central, nem de sonda vesical de demora. O tempo médio entre a solicitação e a realização de ecografia passou de 37,8 ± 26,4 horas no período pré-intervenção para 17,6 ± 15,8 horas no período pós-intervenção (p = 0,01). Com relação à tomografia, a mediana do tempo entre a solicitação e a realização do exame passou de 12,0 (4,0 – 20,0) horas no período pré-intervenção para 4,0 (1,0 – 18,7) horas no período pós-intervenção (p = 0,02). Nós concluímos que a utilização de uma ferramenta de comunicação na passagem de plantão da enfermagem associou-se à redução no tempo de início de antibiótico e no tempo de espera para a realização de ecografia e tomografia, sugerindo que uma comunicação efetiva no momento da passagem de plantão contribui para maior adoção de práticas de segurança e redução de eventos adversos. |