Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Manera, Juliana Ribas Machado |
Orientador(a): |
Vieira, Gustavo Fioravanti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde e Desenvolvimento Humano
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11690/3790
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Resumo: |
Introdução: A COVID-19 é uma síndrome respiratória aguda causada pelo vírus SARS-CoV-2. Os casos de gravidade leves ou moderados são tratados com quarentena para conter a disseminação, na sua maioria, sem hospitalização. Os casos graves podem levar à insuficiência respiratória e exigem cuidados intensivos. Estudos recentes revelam que a evolução clínica deste público tem apresentado alterações de ordem psicológica, neurológica e cognitiva após a infecção. Objetivo: Analisar as funções cognitivas, os níveis de depressão e de estresse pós-traumático entre adultos diagnosticados com SARS-CoV-2, que tiveram sintomas leves ou moderados e que não foram hospitalizados, comparados com adultos que não tiveram histórico conhecido da infecção. Métodos: Estudo de caso-controle, realizado a partir da amostra de 90 adultos (45 casos e 45 controles). As alterações cognitivas foram analisadas através da Avaliação Cognitiva de Montreal, MoCA-T, os sintomas depressivos a partir do Inventário de Depressão de Beck (BDI) e os níveis de estresse pós-traumático através da Escala de Impacto do Evento (IES-R). Resultados: Em relação aos níveis de comprometimento cognitivo, foi verificada uma diferença significativa na frequência entre os grupos, sendo que o grupo COVID-19 apresentou um desempenho cognitivo superior ao grupo controle, o qual também apresentou maior frequência de depressão leve em comparação ao grupo COVID-19. Sobre o estresse, todos os participantes apresentaram sintomas agudo, crônico e tardio, sendo o grupo COVID-19 com os níveis mais altos de estresse pós-traumático. Os grupos apresentaram o mesmo perfil de base, diferenciando-se somente quanto às perdas de familiares, com maior frequência no grupo COVID-19. Uma das hipóteses sobre este resultado é o fato de que o grupo controle era composto por uma faixa etária menor. Foi observado ainda um aumento do consumo de cigarros e álcool nos dois grupos durante a pandemia. Conclusão: Os achados sugerem que o desempenho cognitivo poderia estar relacionado ao estado de humor, ao estresse e aos aspectos psicológicos, como o luto, o isolamento e o adoecimento, fatores que marcaram a vida da população na pandemia. |