Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Lucélia Caroline Dos Santos |
Orientador(a): |
Souza, Andressa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário La Salle
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento Humano (PPGSDH)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11690/695
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Resumo: |
Introdução: Menopausa é a última menstruação, fenômeno natural a todas as mulheres. Na pós-menopausa, algumas mulheres podem apresentar sintomas desagradáveis, como ondas de calor, dores urogenitais, cefaleias e dores no sistema musculoesquelético. Isso ocorre devido à diminuição da secreção hormonal ovariana e alterações do sistema autonômico. Estudos mostram que mulheres sintomáticas apresentam maior risco para eventos cardiovasculares. A dor também é decorrente de uma complexa atividade autonômica. Para tratamento da dor, a terapêutica de estímulos elétricos sobre o sistema nervoso periférico promove modulação dos estímulos nociceptivos e liberação de opióides endógenos. Conforme estudos revisados, a utilização da Estimulação Elétrica Transcutanea (TENS), através da estimulação direta no sistema nervoso central, tem apresentado resultados de manipulação do sistema autonômico, sendo observada alteração da frequência cardíaca e melhora cognitiva em síndromes demenciais. Tendo em vista essa possibilidade, o presente estudo pretende investigar se a utilização de TENS em baixa frequência é capaz de gerar alterações autonômicas e psicofísicas em mulheres pós-menopáusicas saudáveis. Objetivo: avaliar a efetividade da TENS sobre parâmetros autonômicos e psicofísicos em mulheres pós-menopáusicas. Metodologia: ensaio clínico randomizado, cruzado, duplo cego. Uma amostra de vinte e cinco pacientes foi selecionada conforme critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. As funções autonômica e psicofísica foram avaliadas pelo QST e CPM (limiares de dor ao calor e modulação da dor condicionada, respectivamente), além de escalas para avaliação de catastrofismo e qualidade de sono (pela escala de Pittsburgh Sleep Quality Index). Após a aplicação das escalas, as participantes foram submetidas a uma sessão de TENS ativa ou Sham com washout de quinze dias conforme randomização. Todos os sujeitos da pesquisa foram convidados para participar do estudo, e assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Este estudo foi registrado e aprovado pelo Clinical Trials. Resultados: Participantes com média de idade de 53 anos foram randomizadas para primeira intervenção ativa (n = 13) ou Sham (n = 12). Queixa de dor foi relatado por 52% das participantes. Quando expostas à intervenção TENS ativo, as participantes apresentaram alterações estatisticamente significativas (p > 0,05) na variabilidade do intervalo RR em eletrocardiograma, diminuição da FC e aumento do limiar da dor. Mesmo padrão não foi observado no grupo quando exposto à intervenção Sham. Níveis pressóricos e modulação da dor condicionada não foram alterados em nenhum dos grupos. Efeitos adversos não foram significativos. Conclusão: TENS apresentou-se como método capaz de modular o sistema nervoso autônomo e gerar alterações autonômicas e psicofísicas em mulheres pósmenopáusicas. Trata-se de um método seguro e de baixo custo, porém mais estudos devem ser realizados a fim de elucidar seus benefícios como possível tratamento para sintomas menopausais e sua ação sobre risco cardiovascular. |