Sobrecarga de cuidador e o impacto na qualidade de vida dos pacientes oncológicos em cuidados paliativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rocha, Elisângela de Moraes
Orientador(a): Souza, Andressa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade La Salle
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Saúde e Desenvolvimento Humano - PPGSDH
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11690/1124
Resumo: O câncer e seu tratamento são impactantes tanto para a família, para o cuidador, como para o paciente oncológico em cuidados paliativos. Com isso, ocorrem várias alterações biopsicossociais e sintomas como ansiedade, fadiga, estresse, exaustão, isolamento social, instabilidade emocional e principalmente o desgaste financeiro para o cuidador. Esses problemas podem estar associados à mudança da rotina de vida do cuidador em relação ao cuidado oferecido ao paciente. O cuidador, na maioria das vezes, apresenta uma sobrecarga oriunda dos cuidados proporcionados ao paciente oncológico e, isto, pode impactar na qualidade de vida desses pacientes. Esta dissertação teve como objetivo correlacionar à sobrecarga do cuidador e o impacto na qualidade de vida dos pacientes oncológicos em cuidados paliativos. Para isto, foram convidados, a participar do referido estudo, cuidadores e pacientes oncológicos em cuidados paliativos, de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, os quais assinarão um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para tanto, foi utilizado um questionário sócio demográfico para cuidadores e familiares, uma escala para mensurar a sobrecarga do cuidador em cuidados paliativos, Zarit Burden Interview (Escala de ZARIT), e um questionário de qualidade de vida (EORTC QLQ-C15-PAL) para mensurar a qualidade de vida do paciente oncológico em cuidados paliativos, a qual foi adaptada para o Brasil. Também foi mensurado o catastrofismo da dor e a resiliência dos pacientes. Os dados foram analisados de acordo com as características das variáveis. Variáveis contínuas com distribuição normal foram descritas usando média e desvio padrão, enquanto aquelas com distribuição não normal foi descritas usando mediana e amplitude interquartil. As análises foram feitas com o programa SPSS versão 20.0 (SPSS, Chicago, IL). Os dados deste estudo mostraram que os pacientes em cuidados paliativos são em sua maioria do sexo feminino e caracterizam-se por apresentar baixa escolaridade. Sob a análise do grau de dependência dos pacientes em relação os cuidador, os mesmos são expressos em mais de quatro atividades de vida diárias. Houve uma correlação entre a sobrecarga do cuidador e o catastrofismo da dor e não foi obtido uma associação entre a qualidade de vida do paciente e a resiliência. Na relação entre a qualidade de vida do paciente e a sobrecarga do cuidador ocorreu uma correlação negativa. Os resultados dessa dissertação demonstraram que o tempo de diagnóstico oncológico e o tempo de cuidados paliativos foram, respectivamente, de oito e quinze meses, que traduziu a sobrecarga sofrida pelo cuidador, ocasionando um impacto no comprometimento da assistência oferecida ao paciente, refletindo, assim, na sua qualidade de vida.