Estresse ocupacional e florescimento em bancários da região noroeste do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carneiro, Linéia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6402
Resumo: Um descompasso entre a organização do trabalho e o funcionamento psíquico do trabalhador pode resultar em sofrimento patogênico, que, por sua vez, pode levar ao adoecimento do trabalhador. Por outro lado, o ato de trabalhar pode funcionar para as pessoas como uma psicoterapia, contribuindo para o desenvolvimento fisiológico e psicológico do indivíduo. Ou seja, pode levar as pessoas a uma condição de desenvolvimento e auto realização. Neste sentido, o presente estudo se propõe a analisar se a organização do trabalho em instituições financeiras – bancos – tende a ser de estresse e pontencializadora da síndrome de burnout ou se pode ser um fator gerador de prazer que potencializa os aspectos positivos do ser humano, gerando bem-estar e florescimento. Para isso, desenvolveu-se pesquisa de caráter descritivo, com tratamento quantitativo dos dados, em um banco público e em uma cooperativa de crédito, localizados na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. A amostra foi constituída por um total de 95 profissionais colaboradores destas duas instituições. Os resultados apontam um expressivo número de profissionais que vivenciam alto nível de Florescimento no Trabalho. Por outro lado, a presença de situações e Burnout também foram identificadas, sendo que seus principais desencadeadores são metas excessivas, que provocam a sobrecarga do trabalhador; conflito de papéis, especialmente no que se refere à venda “forçada” de produtos e serviços; falta de reconhecimento e suporte organizacional. Verificou-se também que os profissionais que atuam na cooperativa de crédito apresentam maiores níveis de Exaustão Emocional e Despersonalização na comparação com os profissionais de banco público. Os temas florescimento no trabalho e síndrome de Burnout apresentaram correlação negativas, esse resultado sugere que na medida em que o florescimento aumenta o Burnout diminui, ou vice e versa. Conclui-se que é possível existir compatibilidade entre interesses organizacionais de instituições financeiras e objetivos do trabalhador, desde que a organização do trabalho se dê a partir de modelos de gestão mais humanizados, segundo os quais, capital e trabalho são os dois lados da mesma moeda.