Missioneiros, morenos e negros: identidades, representações e invisibilidade na Região das Missões, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza, Rodrigo Miguel de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/2317
Resumo: O presente trabalho se propõe a fazer uma retomada crítica da historiografia regional, regatando o papel do negro, e ao fazer uma reflexão sobre sua invisibilidade na identidade missioneira, refletir sobre as relações étnico-raciais e a região. O estudo tem por objetivo refletir sobre as relações étnico-raciais na região das missões, situadas a noroeste do estado do Rio Grande do Sul. A região, originalmente ocupada por indígenas Guarani, passou nos séculos XVII e XVIII por um processo de integração aos impérios ibéricos através da catequização jesuítica, período em que foram construídas as reduções jesuíticas conhecidas como “Os Sete Povos das Missões”. Os povoados foram destruídos devido às disputas territoriais entre Portugal e Espanha, causando a desocupação do território pelos Guarani e jesuítas, e diversas tentativas de reocupação definitiva. Neste período aconteceu a concessão de terras a militares, a inserção de escravos negros na região, a implantação de colônias de imigrantes europeus, processos que levaram à diversificação étnica local. A partir de 1960/70 ocorre uma reconstrução identitária que valoriza a história das reduções, atribuindo à mesma a origem étnica e cultural regional, levando à criação da identidade missioneira. O processo de elaboração identitária, porém, silencia a respeito do papel da população negra local na construção da história e cultura regional. Ao final da dissertação propomos a Educação Popular como estratégia de superação da invisibilidade social e do racismo.