Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Carine Isabel Both |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6077
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Resumo: |
Este texto dissertativo tem como foco refletir sobre o lugar da infância no contexto familiar e social, considerando o nascimento das crianças como um acontecimento, um marco que as torna parte do mundo no qual vivemos e do qual somos como seres humanos, responsáveis. Na tarefa de cuidar e educar as crianças, a vida cotidiana revela suas necessidades, destacando a importância do trabalho para o sustento familiar e o lugar para as crianças recém-chegadas permanecerem enquanto os pais trabalham. Nesta pesquisa, seis famílias trabalhadoras, de classes populares compartilham com a escola a educação dos filhos e a ela confiam o cuidado e a educação das crianças pequenas como principal recurso disponível. A escola é descrita por elas como um lugar qualificado, onde compartilham valores, crenças e rotinas. A mesma relevância é dada por parte das famílias que aguardam na lista de espera e criam expectativas mediante a possibilidade da vaga. O referencial teórico e metodológico utilizado na escrita é a pesquisa qualitativa de cunho etnográfico. Os instrumentos da pesquisa são entrevistas semiestruturadas com as famílias participantes, assim como quatro narrativas familiares escolhidas junto a um caderno de memórias produzido no decorrer de dez anos de atuação na Secretaria Municipal de Educação de Três Passos, configurando um estudo de caso. A discussão dos dados considera os instrumentos utilizados dando voz aos sujeitos da pesquisa, na intenção de desvendar o lugar da infância em contextos onde existe o suporte da escola e onde a inexistência de vagas não o permite. O entendimento de que as crianças têm direito a educação e que esta deve ser de qualidade, com profissionais, espaços e propostas coerentes revelou-se na pesquisa na perspectiva micro social desde o ponto de vista das famílias. Vislumbra-se que a experiência de conviver em escolas da infância é um privilégio e que estar na escola possibilita vivências para as crianças de classes populares, possíveis apenas nestes espaços. Por outro lado, as famílias também percebem fragilidades como a falta de profissionais nas escolas, comunicação pouco clara, quando escola e família pensam diferente. Porém, mesmo sendo as relações estabelecidas na escola muito particulares e subjetivas, elas revelam que uma política municipal de educação infantil respeitosa contribui para que a vida e formação das crianças, e que através delas, em ambientes coletivos, podem revelar a vivências de muitos significados. Ao referir-se ao município de Três Passos, a escrita ganha uma perspectiva macro social, revelando as trajetórias construídas nos anos de 2009 a 2016 para a ampliação do acesso das crianças às escolas da infância, possibilitando a elas e suas famílias a oportunidade da convivência coletiva, do cuidado e da educação como um compromisso que respeita a infância e suas potencialidades. Ao analisar o CAQ e o CAQi discute-se a importância de que estes instrumentos para serem implementados demandam engajamento de toda a sociedade, colocando em prática as metas do PNE. O desfecho da pesquisa evidencia que a infância não tem um lugar, ela está em todos os lugares e encanta pela forma que os invade. Destaca-se ainda experiência de ampliação do acesso das crianças à escola infantil no Município de Três Passos apresentando-o como um lugar qualificado, de oportunidades para as crianças. |