O professor formador de matemática de um Instituto Federal – ensino superior e educação básica: relações com os saberes da docência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Stamberg, Cristiane da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/6068
Resumo: Esta pesquisa problematiza a formação de professores de Matemática e a relação dos saberes docentes de um grupo de educadores que atuam na formação de professores do Ensino Superior e na Educação Básica. O objetivo do estudo é compreender as relações existentes entre os saberes na formação inicial em Matemática e os conhecimentos dos professores formadores de docentes do curso de Matemática – Licenciatura em um Instituto Federal, locus profissional desse formador. A opção pela Instituição Federal justifica-se por ser um modelo institucional com características peculiares, que permite ao professor formador uma interlocução direta com a Educação Básica e também com a Licenciatura. As questões investigativas da tese são: I) Quais são os saberes dos formadores de professores de Matemática no Instituto Federal? II) De que modo a atuação na Educação Básica e Ensino Superior contribui na constituição do professor de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal? Como referencial teórico, este estudo está embasado, principalmente, nos estudos de Tardif e Shulman, os quais dão suporte na discussão dos saberes docentes, em documentos legais e atuais para cursos de licenciatura em Matemática e nas regulamentações próprias do professor que atua no Instituto Federal Farroupilha. O universo da pesquisa foi composto por seis professores com diferentes formações, os quais atuam na Licenciatura em Matemática e também na Educação Básica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha – campus São Borja. Os instrumentos de coleta de dados da pesquisa se constituíram de um questionário aplicado aos licenciandos, com o propósito de definir os sujeitos da pesquisa, e de entrevistas semiestruturadas e abertas com os professores formadores. As entrevistas semiestruturadas foram baseadas na história oral, como um método de pesquisa qualitativa, que tem como principal intenção a valorização de narrativas orais como fonte de pesquisa. O período de aplicação das entrevistas aconteceu em quatro momentos: o primeiro ocorreu no período de junho a dezembro de 2015; o segundo, de janeiro a fevereiro de 2016; o terceiro e quarto, respectivamente, em julho e agosto de 2016. Para realizar a análise dos dados recorreu-se à Análise Textual Discursiva, ancorada em Moraes e Galiazzi (2007, 2011), sendo esta uma abordagem de análise de dados na pesquisa qualitativa. Definiu-se, a partir da interlocução teórica e do campo empírico, as seguintes categorias de análise: I) Espelhamento no professor formador – reflexos na identidade profissional; II) Professor formador – interações entre sujeitos e saberes; III) O professor entre o movimento do saber específico e o saber ensinar; IV) A atuação na Educação Básica e no Ensino Superior viabilizada pela condição de trabalho no IF. As revisões bibliográficas e marcos de análise deram embasamento à defesa de argumentos que derivam em dimensões que apontam potencialidades e fragilidades no movimento dos saberes dos formadores, os quais fundamentam as suas práticas e indicam saberes necessários à formação de professores de Matemática para a Educação Básica. Nesse sentido, uma das principais contribuições apontadas pela pesquisa é que a condição de trabalho do formador ainda não desencadeia ações diferenciadas na formação inicial do professor de Matemática enquanto uma política e ações institucionais. É possível afirmar que alguns formadores apresentam práticas pontuais que permitem vivências concretas de ser professor de Matemática da Educação Básica, proporcionadas pela proximidade entre o Ensino Básico e Superior na mesma instituição, suscitada ao professor formador pelas suas condições de trabalho.