Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ziesmann, Cleusa Inês |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/4986
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Resumo: |
A motivação inicial para realizar esta pesquisa surgiu de preocupações e questionamentos em relação à formação de professores em uma perspectiva de educação inclusiva em instituições de ensino nas escolas regulares para o atendimento de crianças e jovens surdos incluídos em sala de ensino regular. Essa inquietação surge a partir de experiências nas quais o surdo incluído não possui a presença do intérprete de Libras para mediar a aprendizagem e favorecer a interação entre sujeitos ouvintes e surdos na instituição de ensino. Para isso, procuramos investigar quais práticas de ensino e de aprendizagem são efetivadas em salas de aulas de estudantes ouvintes e surdos e quais as implicações dessas práticas para o desenvolvimento desses sujeitos surdos em uma perspectiva de educação inclusiva. O trabalho foi desenvolvido junto a uma turma de estudantes da Educação Básica que frequenta o 7º Ano do Ensino Fundamental em uma escola pública estadual, localizada no município de Independência, Estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa envolveu, além desses estudantes, uma diretora, um profissional especialista que atua na sala do Atendimento Educacional Especializado (AEE), uma coordenadora pedagógica, uma orientadora escolar e professores que atuam na referida turma. A pesquisa é qualitativa e foi orientada pelos pressupostos do estudo de caso. Os dados foram produzidos a partir de observações e gravações de aula desenvolvidas nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Ciências, gravações em áudio dos encontros na escola e das entrevistas semiestruturadas, e foram organizados e analisados considerando os fundamentos teóricos da Análise Textual Discursiva (ATD) (MORAES; GALIAZZI, 2007). Os argumentos para responder nossos questionamentos foram produzidos a partir do diálogo estabelecido com equipes diretivas, professores e estudantes da escola envolvida nesse processo investigativo, na análise e reflexão sobre minha própria atuação profissional junto a estudantes surdos e com teóricos como Vygotsky (1993, 1998, 2003), Góes (1996), Carvalho (2014), Lacerda (1996), Salles et al. (2004), Strobel (2013), Perlin (2007), Goldfeld (2002) e Quadros (1997, 2000, 2008), que estudam a constituição dos sujeitos a partir das relações e interações que os mesmos estabelecem em diferentes ambientes. Como resultados da pesquisa podemos apontar: a grande dificuldade dos professores em conseguir incluir efetivamente a estudante surda na sala de aula de ensino regular; que existe uma grande defasagem em relação ao conhecimento, pois a estudante não tem uma identidade constituída ou definida; e, ainda, por ela não ter o domínio da Língua de Sinais e não possuir um intérprete de Libras, prejudicando, assim, a compreensão dos conteúdos ministrados em sala de aula. Dessa forma, acreditamos que é de suma importância que haja, nas instituições de ensino, uma reorganização na proposta de atendimento para sujeitos surdos de modo que respeite e saiba trabalhar com as diferenças culturais e linguísticas existentes em sala de aula. |