Efeitos clínicos e analgésicos da administração epidural da dexmedetomidina associada à lidocaína em cadelas submetidas à ovário-histerectomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Marquetti, Mércia Amaro lattes
Orientador(a): Nishimori, Celina Tie Duque lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Medicina Veterinária de Pequenos Animais
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/684
Resumo: A medula espinhal tem importante papel no mecanismo de transmissão dos impulsos nervosos nociceptivos. O bloqueio desses impulsos interrompe ou minimiza a dor derivada da liberação de mediadores inflamatórios deletérios ao organismo. Assim, a administração de fármacos nesta região tem sido empregada tanto para a realização de bloqueios anestésicos, quanto para a prevenção da dor pósoperatória. Nesse sentido, esse trabalho teve por objetivo avaliar o efeito e o tempo analgésico da dexmedetomidina associada à lidocaína, administradas pela via epidural, durante o período pós-cirúrgico em cadelas submetidas à ováriohisterectomia (OHE). Para tanto, foram utilizadas 22 cadelas adultas, hígidas, distribuídas em dois grupos, sendo que no GLIDO foi aplicada por via epidural 4 mg/kg de lidocaína a 2% sem vasoconstrictor, e no GDEX administrou-se a lidocaína sem vasoconstrictor, na mesma dose, associada à 2 µg/kg de dexmedetomidina pela mesma via. Em ambos os grupos, o volume total da solução para administração epidural foi completado com solução salina e ajustado para 0,3 ml/kg. A avaliação iniciou-se no período pós-operatório imediatamente após extubação e a cada 30 minutos durante seis horas. Foram mensurados parâmetros objetivos e subjetivos, sendo eles: escala visual analógica (EVA), escala comportamental, frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (ƒ), temperatura retal (TR), pressão arterial sistólica (PAS) e momento necessário da analgesia resgate. Em relação a FC o GLIDO foi significativamente maior que GDEX no T0 e T30. Já a f apresentou diferença entre grupos somente 60 minutos após o início da avaliação, sendo o GLIDO maior que o GDEX. A TR aumentou gradativamente ao longo do período de avaliação no GDEX. Na avaliação da analgesia pela tabela comportamental e pela escala visual analógica observaram-se maiores escores no GLIDO quando comparado ao GDEX, com diferença significativa na EVA no T0, T30 e T90, representando desta forma resposta mais pronunciada a dor. O período máximo de analgesia nos animais do GLIDO foi de 150 minutos e no GDEX de 360 minutos. Os resultados permitiram concluir que a dexmedetomidina associada à lidocaína pela via epidural, demonstrou ser uma associação segura, com recuperação anestésica de melhor qualidade e duração da analgesia pós-operatória mais prolongada.