Estudo da relação entre homeostase de ferro, estresse oxidativo e inflamação: do modelo molecular ao treinamento de força periodizado e não periodizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sampaio, Ricardo Camões lattes
Orientador(a): Barros, Marcelo Paes de lattes
Banca de defesa: Barros, Marcelo Paes de lattes, Gorjão, Renata lattes, Boaventura, Maria Fernanda Cury lattes, Silva, Marcelo Guimarães lattes, Abad, César Cavinato Cal lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cruzeiro do Sul
Programa de Pós-Graduação: Doutorado Interdisciplinar em Ciências da Saúde
Departamento: Campus Liberdade
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/319
Resumo: O ferro é o metal essencial mais abundante nos organismos vivos e possui papel fundamental na fisiologia e metabolismo de animais e humanos. Por outro lado, o ferro pode representar um risco quando a homeostase for rompida, frente a sua atuação como catalisador da formação de espécies reativas de oxigênio/nitrogênio (ERO/ERN). O objetivo do estudo foi investigar a relação entre a homeostase de ferro, marcadores fisiológicos e os marcadores inflamatórios decorrentes da prática do treinamento de força (TF). O estudo abordou também aspectos moleculares, ao mimetizar in vitro a condição plasmática (ou intersticial) de repouso e exaustão de humanos após o TF e avaliar a participação de heme-proteínas, hemoglobina e mioglobina, no estresse oxidativo. Vinte e seis homens com idade entre 20 a 45 anos foram divididos em 3 grupos de TF: treinamento periodizado linear (PL), treinamento periodizado não linear (PNL) e treinamento não periodizado (NP), durante 10 semanas consecutivas. Os resultados in vitro sugerem que concentrações crescentes de peróxidos lipídicos induzem aumento proporcional das atividades peroxidásicas de mioglobina mesmo em condições de repouso, o que pode culminar em aumentos no estresse oxidativo. Em humanos, apesar de observarmos aumento nas concentrações de Fe após os testes a 80% de uma repetição máxima, estes foram menos expressivos no decorrer das semanas 3, 12 e 13, respectivamente (NP= 92,32%, 87,10% e 71,88%; PL =65,01%, 38,31% e 23,86%; PNL= 86,35%, 79,21% e 76%). A capacidade ligadora de ferro de PL foi significativamente maior no pós teste da semana 12. As concentrações de TNF-α apresentaram aumento significativo no pós teste em NP (semana 3). Podemos sugerir que os protocolos de TF utilizados neste estudo promoveram reequilíbrios na homeostase de ferro com proporcionais indicativos nas respostas de citocinas pró-inflamatórias no modelo NP frente aos testes de força realizados durante o estudo.