Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bussyguin, Thaís
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Orientador(a): |
Casagrande, Thais Andrade Costa
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Positivo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2281
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Resumo: |
Para o Brasil estimam-se 59.700 casos novos de câncer de mama, para cada ano do biênio 2018-2019. O câncer de mama é o principal tipo em mulheres precedido somente pelos cânceres de pele. Se o diagnóstico e o tratamento forem precoces, o índice de remissão é grande, porém a grande maioria tem diagnóstico tardio, principalmente nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. O índice de mortalidade do câncer de mama no Brasil foi de 13,0/100.000 mulheres em 2014. É sabido que existe uma correlação direta entre o câncer de mama e obesidade. A incidência de sobrepeso e obesidade na população mundial quadruplicou nas últimas três décadas, a Organização Mundial de Saúde estima que no mundo todo existam 1 bilhão de pessoas com sobrepeso e destas 300 milhões sejam obesas. Este sobrepeso ocorre pelo grande aumento no consumo de produtos industrializados ricos em gorduras e carboidratos e menor ingesta de frutas e verduras. A influência dos compostos dos alimentos sobre formação dos processos relacionados ao desenvolvimento do câncer como a angiogênese, a diferenciação celular, o reparo de DNA, entre outros; ocorrem devido a regulação gênica, em particular os mecanismos epigenéticos. Por essa influência epigenética acredita-se que a origem de alguns cânceres como o de mama pode ser fetal. O presente estudo visa avaliar a influência da dieta hipercalórica materna no desenvolvimento de câncer de mama na prole de ratas Wistar. Foram estudadas ratas Wistar, as ratas matrizes com 5 semanas de vida foram divididas em dois grupos: um grupo controle (GCM), alimentadas com dieta padrão do biotério (n=12) e o segundo grupo (GHM) alimentado com dieta hipercalórica (n=12). Com 24 semanas de vida foram colocadas para cruzar com machos não obesos. Dos filhotes que nasceram somente foram utilizadas as fêmeas, 26 de cada grupo. Com 5 semanas de vida foi realizado o desmame e as fêmeas foram alimentadas com dieta padrão do biotério e na 7ª semana de vida foram submetidas ao dimetilbenzantraceno (indutor de câncer) via sonda oro gástrica e foram avaliadas semanalmente, realizando-se a avaliação das mamas e das massas tumorais que se desenvolveram. Após 24 semanas da indução foram submetidas à eutanásia e coletados materiais para análise. Em 53% (9 ratas) das ratas descendentes dos animais que receberam dieta hipercalórica e foram submetidas ao DMBA, ocorreram alterações histopatológicas pré-malignas nas mamas (carcinoma in situ) e 6%(1 rata) do mesmo grupo apresentou adenocarcinoma lobular. As 17 ratas descendentes das que receberam dieta hipercalórica, porém não foram submetidas ao DMBA apresentaram alterações histopatológicas como hiperplasia típica e lipossubstituição, sem características malignas. As ratas descendentes dos animais que receberam dieta normocalórica também não apresentaram lesões com características malignas, mesmo quando submetidas ao DMBA. No presente estudo realizado a dieta materna influenciou de forma positiva o desenvolvimento de mudanças morfológicas nas mamas, que podem predispor ao desenvolvimento do câncer de mama. Porém, ainda há a necessidade de se realizar estudos mais específicos para poder se confirmar que a dieta hipercalórica materna realmente influencia no desenvolvimento de câncer de mama na prole. |