Coordenação locomotora de indivíduos pós acidente vascular encefálico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Celestino, Melissa Leandro lattes
Orientador(a): Barela, Ana Maria Forti lattes
Banca de defesa: Barela, Ana Maria Forti lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cruzeiro do Sul
Programa de Pós-Graduação: Doutorado Interdisciplinar em Ciências da Saúde
Departamento: Campus Liberdade
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/301
Resumo: Pessoas sobreviventes ao acidente vascular encefálico (AVE) podem apresentar coordenação locomotora alterada, e protocolos de treinamento para reabilitar o andar, com o uso de sistemas de suporte parcial de peso corporal (SPPC) durante sessões de treinamento podem ser utilizados. A diminuição de flexão da articulação do joelho é uma das características do andar desses indivíduos e pode influenciar as alterações referentes à coordenação locomotora. Quantificar essas alterações poderia favorecer o entendimento e subsidiar futuros protocolos de intervenção para essa população. O objetivo geral desta tese foi investigar a coordenação locomotora intra-membros de indivíduos pós AVE. Para tanto, três questões principais foram levantadas: (1) as possíveis alterações na coordenação locomotora de indivíduos pós AVE são mais evidenciadas no período de apoio ou de balanço em relação a indivíduos sem comprometimento no aparelho locomotor? (2) O treinamento do andar com o uso do SPPC em esteira e no chão pode modificar a coordenação locomotora desses indivíduos? (3) Indivíduos sem comprometimento no aparelho locomotor podem apresentar coordenação locomotora semelhante a de indivíduos pós AVE se manipularmos a velocidade de locomoção e a restrição de movimento de flexão do joelho? Para tanto, três estudos foram desenvolvidos com indivíduos pós AVE e com indivíduos sem comprometimento no aparelho locomotor. A técnica da codificação vetorial foi implementada e a frequência de ocorrência nos padrões em fase, fora de fase, fase do segmento proximal e fase do segmento distal dos segmentos coxaperna e perna-pé foram considerados como variáveis dependentes. De modo geral, os resultados revelaram que indivíduos pós AVE apresentam coordenação locomotora intra-membros de coxa-perna e perna-pé diferentes de seus pares sem comprometimento, sendo o período de balanço do andar o que mais evidencia as diferenças entre os grupos, e as alterações são mais evidentes nos segmentos distais; o treinamento com SPPC não modificou a coordenação locomotora de indivíduos pós AVE, independentemente do tipo de superfície que foi empregado; e a diminuição da velocidade e a restrição de movimento de flexão do joelho influenciaram a coordenação locomotora de indivíduos sem comprometimento no aparelho locomotor, tornando o padrão de movimento semelhante aos de indivíduos pós AVE em alguns aspectos, principalmente entre os hemicorpos. Podemos concluir que as alterações locomotoras de indivíduos pós AVE podem ser atribuídas principalmente aos segmentos distais; que o tipo de superfície não alterou a coordenação locomotora de indivíduos pós AVE após treinamento com SPPC; e por fim, que manipulações de velocidade reduzida e diminuição de movimento articular do joelho provocam alterações na coordenação do andar de indivíduos sadios, semelhantes aos de indivíduos pós AVE, sendo um auxílio para novos protocolos clínicos de intervenção.