Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Baldan, Sueli Santiago
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Orientador(a): |
Santos, Branca Maria de Oliveira
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Banca de defesa: |
Pinto Neto, José Martins
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Andrade, Mônica de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/614
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Resumo: |
A incidência da hanseníase é fortemente influenciada pelo ambiente e correlacionada com o baixo desenvolvimento socioeconômico. Um conceito importante presente na compreensão da saúde em sua interface com o ambiente é o da Promoção da Saúde que consiste em todas as ações que possibilitam com que a práxis do viver de cada indivíduo e da sociedade propicie a realização das potencialidades humanas e o desenvolvimento social. Este estudo descritivo, do tipo transversal, teve como objetivo identificar as condições de vida e de saúde de indivíduos com hanseníase do município de Fernandópolis-SP sob a perspectiva dos quatro elementos do modelo “Campo de Saúde”: biologia humana, meio ambiente, estilo de vida e organização dos serviços de saúde. Foram entrevistados 50 sujeitos, maiores de 18 anos, diagnosticados com hanseníase no período de janeiro de 2009 a maio de 2010 ou em período anterior, mas que continuam em tratamento para complicações advindas da doença. Do total de participantes, 29 (58%) eram do sexo feminino e 21 (42%) do masculino. Em relação à forma clínica da hanseníase, 31 (62%) receberam a classificação dimorfa, 9 (18%) tuberculóide, 6 (12%) indeterminada e 4 (8%) virchowiana, 17 (34%) referiram ter recebido o diagnóstico em um período inferior a um ano do início dos sinais e sintomas e 5 (10%) levaram de oito ou mais anos para serem diagnosticados. Dentre os entrevistados, 2 (4%) eram analfabetos, 30 (60%) possuíam menos de oito anos de estudo, 90% declararam renda familiar inferior a três salários mínimos, 21 (42%) estavam ativos no trabalho, 13 (26%) eram aposentados, 12 (24%) afastados das atividades e 4 (8%) desempregados. A prática de atividade física foi referida por 22 (44%) dos sujeitos, o uso de cigarros por 13 (26%), o consumo de bebidas alcoólicas por 20% e a prática de atividades de lazer por 15 (30%). 30 (60%) dos sujeitos relataram vida sexual ativa e mudanças na prática de atividades sociais foram percebidas por 36% dos entrevistados, sendo que 12 (24%) sujeitos relataram que se sentiram discriminados após o início do tratamento. Dentre as dificuldades enfrentadas para o acompanhamento e tratamento da doença, destacam-se: falta do poliquimioterápico, dificuldade de locomoção, mal estar sentido após a ingestão da medicação, falta de tempo ou de condução para comparecer ao serviço de saúde, atendimento ruim da equipe de enfermagem e falta de vontade para tratar-se. Dentre as sugestões do que precisa ser modificado na assistência prestada destacaram-se a implantação de um grupo de apoio para os doentes; maior divulgação e orientação sobre a doença, suas formas de transmissão e tratamento, para a comunidade e familiares; mais agilidade no diagnóstico e tratamento; melhora da estrutura física da instituição; oferta contínua do medicamento utilizado no tratamento da hanseníase. É necessária a elaboração de ações de orientação para a comunidade, familiares e para os hansenianos, respeitando as limitações socioeconômicas, culturais e biológicas, com vistas à prevenção de casos novos e à melhoria da qualidade de vida daqueles que adoecem. |