Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Lima, Michelle Faria
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Orientador(a): |
Ferreira, Manuel João Cesário de Mello Paiva |
Banca de defesa: |
Mendes, Iranilde José Messias
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Andrade, Mônica de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/557
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Resumo: |
Espera-se que a prática educativa em saúde quando fundamentada no que reza a Promoção de Saúde, favoreça a possibilidade de transformação nas condições de vida dos indivíduos e grupos populacionais. Historicamente, as estratégias de controle da hanseníase no Brasil, passaram por sucessivas transformações. As estratégias atuais consistem na descentralização do serviço do Centro de Referência para as Equipes do Programa de Saúde da Família instaladas na maioria dos municípios brasileiros. A hanseníase é considerada como problema de saúde pública no Brasil e em alguns países do mundo. A Organização Mundial da Saúde traçou a meta de eliminação da doença no mundo até o ano 2000, medida pela prevalência menor que 1/10.000 habitantes. Decorridos 8 anos desde o vencimento deste prazo, o Brasil não conseguiu eliminar a hanseníase, sendo o único país da América Latina a ainda conviver com a doença como um problema de saúde pública. Minas Gerais é classificado como Alto Risco para transmissão de Hanseníase por ter tido Coeficiente de Detecção médio nos últimos 7 anos variando de 2 a 4/10.000 hab. O Município de Paracatu-MG é um dos municípios mineiros que contribui para esta realidade. Classificado como hiperendêmico, Paracatu apresentou Coeficientes de Detecção variando de 11,8 a 8,6 casos/10.000 habitantes no período de 2000 a 2005, tendo decrescido sua classificação de Altíssimo Risco (até 2005) para Alto Risco a partir de 2006. Este estudo descritivo teve como objetivo geral analisar as estratégias de Promoção de Saúde para portadores de Hanseníase no Município de Paracatu / MG. Foi feito um levantamento epidemiológico, a partir de dados secundários, dos principais indicadores epidemiológicos e operacionais da doença no Brasil, em Minas Gerais e em Paracatu entre 2000 e 2007. Foram utilizados três questionários, aplicados aos profissionais do Centro de Referência de Hanseníase e das Unidades de Saúde da Família, bem como aos pacientes em tratamento. Concluímos que falta tanto informação sobre a doença para a população afetada, como conhecimento dos profissionais de saúde em relação às medidas de orientação e estratégias de Promoção de Saúde para os portadores de hanseníase. Por não ocorrerem buscas ativas por novos casos, a vigilância epidemiológica identifica apenas os poucos casos que, apesar do estigma da doença, procuram espontaneamente os serviços de saúde, perpetuando uma realidade de sub-notificação. Recomendamos a descentralização dos serviços de hanseníase, a participação comunitária na tomada de decisões, e um programa educativo e promotor de saúde aos portadores de hanseníase. Tais estratégias facilitarão o empoderamento da população em relação aos determinantes do seu estado de saúde e ao acesso aos serviços de saúde, condições fundamentais para alcançar à necessária desestigmatização da hanseníase e a melhora na qualidade de vida de seus portadores. |