Relações dialógicas na obra “O Jogo do Pensamento”, de Vivina de Assis Viana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rodrigues, Viviane Santiago Couto lattes
Orientador(a): Pernambuco, Juscelino lattes
Banca de defesa: Mendonça, Maria Célia lattes, Ludovice, Camila de Araújo Beraldo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Linguística
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/505
Resumo: Este trabalho tem como tema a análise das relações dialógicas no romance O jogo do pensamento de Vivina de Assis Viana. Elege-se esta obra, de arte literária juvenil, tendo em vista a sua importância para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo do público a que se direciona. O romance que constitui o corpus desta pesquisa, será analisado sob o olhar bakhtiniano, que considera que o gênero romanesco constitui-se de uma estratificação interna da linguagem, revelando a diversidade social e a divergência de vozes sociais que ele encerra, como um fenômeno plurilinguístico, plurivocal e pluriestilístico. O objetivo da pesquisa é analisar como se dão o diálogo e as relações dialógicas que se travam no desenvolvimento da trama dessa narrativa. Espera-se com esta análise verificar se a obra fundamenta-se no pensamento bakhtiniano sobre a criação ideológica, a alteridade, o solilóquio e o discurso de outrem, a fim de comprovar que este romance não é só uma representação de si mesmo, mas também da cultura a que se vincula, tal como Bakhtin descobriu sobre o romance em geral. Com vistas a alcançar os objetivos propostos, retomam-se as reflexões sobre Bakhtin (1998; 2013), sobre o romance e o dialogismo bem como os estudos de comentadores de sua obra, tais como Brait (2005; 2010), Fiorin (2006), Morson e Emerson (2008), Moisés (1973), dentre outros. Verificou-se que o corpus se constitui dialogicamente, em sua narrativa, por meio do solilóquio, que tem como base um discurso interno, no qual a personagem busca o seu “eu” interior e, por meio do discurso de outrem, ao apresentar fragmentos discursivos de outras subjetividades que não a do próprio narrador. A autora, através da inter-relação do solilóquio e do discurso de outrem, utilizou-se desses recursos linguísticos para levar o leitor a aproximarse do ponto de vista das personagens em relação ao jogo do pensar, que faz alusão, indiretamente, ao “jogo da vida” no processo de construção identitária do sujeito pós-moderno. Estas formas de articulação contribuíram tanto para a atribuição de sentidos importantes, quanto para a compreensão da narrativa no texto literário.