Desenvolvimento de um inoculante liofilizado para a cultura de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Kniphoff, Carina de Lima lattes
Orientador(a): Rodriguez-León , José Angel lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
-
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2574
Resumo: O nitrogênio é um nutriente necessário para o crescimento e desenvolvimento das plantas, principalmente de leguminosas como a soja que possui um alto teor de proteína no grão. Grande parte deste nitrogênio é obtido através do processo de fixação biológica de nitrogênio, onde ocorre uma simbiose entre bactérias da espécie Bradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium elkanii e a planta. Neste processo, ocorre a formação de estruturas denominadas nódulos nas raízes das plantas, responsáveis por capturar o nitrogênio atmosférico e transformá-lo em formas nitrogenadas utilizáveis pela planta. Produtos contendo estas bactérias são denominados inoculantes e sua utilização já é bem estabelecida para o plantio de soja no Brasil. Porém, a alta mortalidade deste microrganismo perante o processo de inoculação, reduz a eficácia e permite apenas que a sua utilização seja realizada durante o plantio. Por isto, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um inoculante com bactérias liofilizadas, que sejam mais resistentes ao processo de ressecamento que ocorre durante a inoculação e que permita a inoculação da semente alguns dias antes do plantio, facilitando o trabalho dos agricultores. SEMIA 5079 e SEMIA 5080 de B. japonicum foram liofilizadas na presença de protetores celulares como glicerol (10%) , sacarose (20%), peptona (10%) e gelatina bacteriológica (5%) e realizada a análise da viabilidade celular. Para a determinação do tempo de prateleira, foi realizada a análise de viabilidade celular do inoculante liofilizado contendo 20% de sacarose comparado com a amostra sem adição de protetores, num período de 3 meses. A viabilidade celular na semente foi realizada logo após a inoculação e 24, 48, 72 e 96 horas comparando o inoculante liofilizado com 20% de sacarose com o líquido comercial padrão. Para determinação dos custos de produção foi considerado o rendimento do produto liofilizado, custo de investimento inicial e economias no transporte. O uso da sacarose mostrou-se mais eficiente diante dos outros protetores e o tempo de prateleira se manteve com alta concentração celular (2,24 x 1010 UFC/g) em até 3 meses após a liofilização, enquanto que a mortalidade do inoculante liofilizado sem a adição de protetores foi 100%. A viabilidade de bactérias na semente foi mais elevada para o inoculante liofilizado, mantendo 1,14 x 105 UFC/semente em 96 horas comparado com 1,7 x 104 UFC/semente para inoculante líquido. Apesar da redução em 4 vezes no custo do transporte para o inoculante liofilizado existe a necessidade de investimento inicial para aquisição de equipamentos de aproximadamente R$390.000,00. A partir destes dados, conclui-se que o investimento da indústria para a produção de um inoculante liofilizado para a soja só é viável se o tempo de prateleira for superior a 18 meses e para isto é necessário testar a viabilidade por um período mais prolongado.