Criatividade em B. F. Skinner: interface entre ontogênese e cultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gomes, Laryssa Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18102
Resumo: A criatividade é um fenômeno natural e passível de investigação científica, sendo possível localizá-la no âmbito do estudo sistemático do comportamento humano. A Análise do Comportamento, ciência proposta por B. F. Skinner, tem como objeto de estudo o comportamento. Para essa teoria, a criatividade está intimamente relacionada à novidade, mas sua compreensão deve estar pautada em uma visão histórica, relacional, funcionalista e selecionista do comportamento. Apesar das contribuições dessa área de estudo nas discussões sobre criatividade e cultura, a Análise do Comportamento tem sido alvo de críticas que questionavam sua capacidade de abordar adequadamente o fenômeno criativo. Essas críticas destacavam a dificuldade da abordagem analítico-comportamental em integrar discussões sobre criatividade e cultura de maneira satisfatória. Assim, o objetivo deste estudo foi propor, por meio de uma pesquisa teórico-conceitual, uma discussão interpretativa da criatividade nos textos de Skinner e suas possíveis vinculações e desdobramentos no nível ontogenético e cultural. Para tanto, a metodologia adotada foi a aplicação do Procedimento de Interpretação Conceitual de Texto (PICT) em textos fundamentais de B. F. Skinner. Os livros foram consultados em formato digital e o recurso de busca eletrônica no interior do texto foi utilizado para viabilizar uma busca direta do radical “creativ”. Com base nos resultados obtidos, foram criadas três categorias de análises, sendo elas: (i) Criatividade e Behaviorismo Radical; (ii) Criatividade e ontogênese; (iii) Criatividade e cultura. Na primeira categoria, foram discutidos os aspectos ontológicos e epistemológicos do Behaviorismo Radical que amparam o estudo da criatividade nesta abordagem. Na segunda categoria, foram elencados dois tipos principais de criatividade mencionadas pelo autor no nível ontogenético, sendo eles: a criatividade artística, a qual o problema a ser resolvido é menos explícito e a dificuldade seria a própria variação; e a criatividade do aluno criativo, que possui uma finalidade específica pautada na resolução de problemas mais explícito. Por fim, a terceira categoria de análise discutiu a criatividade como um valor secundário a ser adotado no planejamento cultural, uma vez que ela se constitui como uma ferramenta capaz de promover a sobrevivência da cultura e promover repertórios de contracontrole em relação aos poderes hegemônicos. Pautando-se nessas discussões, espera-se que esta pesquisa constitua uma base teórica para trabalhos futuros que visem aprofundar os debates sobre a interface entre ontogênese e cultura a partir do âmbito da criatividade.