Avaliação das queixas osteomusculares e dos níveis de percepção de estresse como subsídios para a implantação de programas de promoção de saúde no ambiente de trabalho do setor de produção da indústria calçadista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Almeida, Larissa Brentini de lattes
Orientador(a): Quemelo, Paulo Roberto Veiga lattes
Banca de defesa: Zaia, José Eduardo lattes, Vieira, Edgar Ramos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/541
Resumo: Apesar de existirem estudos que relacionem as condições psicossociais com os distúrbios musculo-esqueléticos, esta associação ainda não está totalmente clara, especialmente entre os trabalhadores da indústria calçadista. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de queixas osteomusculares e o nível de percepção de estresse entre os trabalhadores do setor de produção da indústria calçadista de Franca e região e identificar as possíveis associações entre essas variáveis. Participaram da pesquisa 357 trabalhadores do setor de produção da indústria calçadista de Franca e região. Os participantes responderam a um questionário para coleta de dados sociodemográficos e ocupacionais, a Escala de Percepção de Estresse (EPS-10) e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. A média de idade dos trabalhadores foi de 33,8 anos ± 10,4, sendo 51% do sexo masculino e 49% do sexo feminino. Dentre os funcionários avaliados, 66,1% relataram queixa de dor osteomuscular nos últimos doze meses e 33,3% nos últimos sete dias. Foi observada maior prevalência de queixas (29,1%) nas regiões de punhos/mãos/dedos. Quanto à percepção de estresse, a pontuação média da EPS-10 foi de 16,1 ± 6,6. Este resultado mostrou associação significativa com a prevalência de queixas osteomusculares nos últimos doze meses (p=0,0017) e nos últimos sete dias (p=0,0006). Também foi verificada associação significativa entre os níveis de percepção de estresse e o número de queixas osteomusculares nos últimos 12 meses (p<0,0001), mas não nos últimos sete dias (p=0,3279).Os resultados deste estudo indicaram alta prevalência de sintomas osteomusculares entre os trabalhadores avaliados, especialmente nas extremidades dos membros superiores, e associação significativa com os níveis de percepção de estresse, o que demonstra a necessidade de ações de prevenção e promoção à saúde nos ambientes de trabalho do setor calçadista.