Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Souza, Priscila Antunes de
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Orientador(a): |
Figueiredo, Maria Flávia
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Banca de defesa: |
Ferreira, Fernando Aparecido
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Magalhães, Ana Lúcia
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Linguística
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/440
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Resumo: |
Hallelujah foi composta pelo escritor, músico e poeta canadense, Leonard Cohen, em 1984. Após sua popularização, passou a ser executada em filmes, programas de televisão, cultos religiosos e foi até mesmo utilizada como canção natalina. Um estudo acerca do alcance retórico dessa canção se faz necessário em razão de sua relevância no contexto musical e de seu reconhecimento internacional. A estrutura em que foi composta fornece ao intérprete um leque de possibilidades quanto à sua execução, permitindo, assim, que seja utilizada com distintos fins persuasivos no que tange ao despertar de emoções. Dessa forma, como corpus da presente pesquisa, selecionamos duas execuções distintas da canção Hallelujah: a versão do compositor da canção Leonard Cohen e sua utilização no filme Watchmen (2009) e a versão de Rufus Wainwright na voz John Cale e seu emprego no filme Shrek (2001). A partir desse corpus, buscamos depreender os elementos musicais de cada uma das execuções/enunciações da canção, calcados em suas variações interpretativas, considerando serem estes os responsáveis pelo despertar de paixões/emoções específicas no auditório. Para isso, procedemos a uma análise com base nas teorias retórica, musical e psicoafetiva, indicando quais recursos da composição em si e suas modificações quanto à melodia, ao ritmo, à harmonia, dentre outros elementos musicais puderam influir na cognição e no envolvimento do ouvinte. Fundamentamos nossa pesquisa na Teoria Retórica, em especial: Aristóteles (2000), Figueiredo (2006, 2010, 2016), Meyer (2007) e Perelman e OlbrechtsTyteca (2005) e, no que se refere às Teorias Musical e Cognitiva, baseamo-nos nos estudos de: Agawu (2012), Gorbman (1987), Meyer (1956), Copland (1974), Sacks (2007) e Sloboda (2008). Com a análise do corpus finalizada, concluímos que a música pode despertar emoções em quem a ouve por si só, mas principalmente quando aliada a elementos vitalizadores de emoções contidos na forma de compor uma peça musical. Ainda como resultado desta pesquisa, pudemos verificar que cada ser humano se sente tocado pela música de uma maneira distinta, de acordo com suas memórias, cultura, vivência de mundo, entendimento musical e também conforme a maneira como a ouve (consciente ou inconscientemente). Este trabalho, portanto, pôde trazer, à comunidade científica, algumas respostas à lacuna sobre a função retórica da música e pode ainda corroborar a hipótese de que a música pôde ser utilizada com vistas ao despertar de paixões e, consequentemente, à adesão dos espetadores à narrativa dos filmes selecionados. |