Avaliação microbiológica da superfície implantar: estudo clínico comparando implantes submersos, não submersos e carga imediata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Furquim, Fábio lattes
Orientador(a): Scariot, Rafaela lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia Clínica
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2081
Resumo: Algumas pesquisas vêm sendo desenvolvidas com implantes dentários a fim de investigar a contaminação microbiana ao redor dos implantes e no micro espaço existente entre implante/abutment. O objetivo deste trabalho foi avaliar a contaminação microbiológica da superfície implantar internamente e externamente nas paredes dos implantes dentários cone morse. Foram selecionados onze pacientes, de ambos os sexos, com regiões posteriores edêntulas de mandíbula. Todos os pacientes receberam três implantes. Os implantes foram divididos em três grupos Submerso (S), Não Submerso (NS) e Carga Imediata (CI), de acordo com seu protocolo de instalação. Os implantes do grupo S receberam carga tardia e permaneceram submersos até a fase da reabertura e posterior reabilitação protética. Os implantes do grupo NS receberam carga tardia (instalação de cicatrizadores) até a fase da reabilitação protética. Os implantes do grupo CI receberam carga imediata sem a remoção do “abutment” para confecção da reabilitação protética. As avaliações microbiológicas foram divididas em coleta interna e coleta externa as paredes do implante, em diferentes tempos, T0 (ato cirúrgico), T2 (remoção de sutura), T4 (reabertura do grupo S), T6 (remoção de sutura do grupo S) e T8 (instalação do munhão universal nos grupos S e NS). As variáveis microbiológicas analisadas foram o número de microrganismos mensurado por espectrofotometria no ato da coleta e 24h após o cultivo, a quantidade de unidades formadores de colônia (UFC) aeróbias e anaeróbias e a qualificação do tipo de microrganismo. Todos os dados obtidos foram submetidos a análise descritiva e estatística dos resultados, com nível de significância de 0,05, através do software SPSS 24.0. Na avaliação espectrofotométrica foi observada diferença estatisticamente significante entre a quantidade de microrganismos observados ao longo do tempo dentro do mesmo grupo, seja pela coleta interna ou externa (p  0,05). No que se refere a avaliação da quantidade de microrganismos comparadas entre os grupos, não foi observado diferença (p  0,05). Com relação as UFC, pode-se observar que houve diferença estatisticamente significante, tanto nas aeróbias quanto anaeróbias, quando avaliadas no mesmo grupo ao longo do tempo (p  0,05), exceto pelo grupo de carga imediata. Contudo não houve diferença estatisticamente significante quando comparado os grupos no mesmo tempo (p  0,05). No que se refere a coloração de gram, para a coleta interna ao implante observa-se que um predomínio de não formação em T0 em todos os grupos, com formação de Diplococos Gram + e bacilos Gram + no T8. Já na coleta externa ao implante notou-se um aumento de microrganismos em T0, quando comparado a coleta interna. Os fungos também foram predominantes na coleta externa. Por fim é possível inferir que não há diferença na contaminação microbiológica entre os grupos avaliados, diferindo unicamente pela colonização ao longo do tempo.