Atitudes e crenças de fisioterapeutas em relação à dor lombar crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Magalhães, Maurício Oliveira lattes
Orientador(a): Costa, Leonardo Oliveira Pena lattes, Machado, Luciana Andrade Carneiro lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Fisioterapia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1161
Resumo: Contextualização: Atitudes e crenças de profissionais de saúde sobre a dor lombar crônica podem estar associadas a aconselhamentos e tratamentos que são oferecidos aos seus pacientes. Esses aconselhamentos e tratamentos, por sua vez, estão associados aos resultados terapêuticos, níveis de incapacidade e qualidade de vida. A Health Care Provideders’ Pain and Impairment Relationship Scale (HC-PAIRS) é uma escala que foi desenvolvida para avaliar crenças e atitudes de profissionais da saúde em relação à pacientes com dor lombar. E a Pain Attitudes and Beliefs Scale for Physiotherapist (PABS-PT) é uma escala que mesura atitudes e crenças de fisioterapeutas em relação à manutenção e desenvolvimento de pacientes com dor lombar crônica. É um instrumento que apresenta dois fatores, o primeiro fator representa uma orientação biomédica e o segundo fator uma orientação comportamental. Não existem instrumentos clinimetricamente testados que mensuram atitudes e crenças de profissionais de saúde sobre a dor lombar crônica no Brasil. Também não se conhece o perfil das atitudes e crenças de fisioterapeutas brasileiros em relação à pacientes com dor lombar crônica. Objetivos: Traduzir e adaptar a versão em Português-Brasileiro da Pain Attitudes and Beliefs Scale for Physiotherapists (PABS-PT), avaliar as propriedades clinimétricas das versões em Português-Brasileiro da Health Care Providers’ Pain and Impairment Relationship Scale (HC-PAIRS) e da PABS-PT e mensurar as atitudes e crenças de fisioterapeutas brasileiros em relação ao desenvolvimento e manutenção da dor lombar crônica. Métodos: Para a realização dos estudos foi recrutada uma amostra de 100 fisioterapeutas que rotineiramente atendem pacientes com dor lombar crônica em sua prática clínica, que responderam os instrumentos HC-PAIRS e PABS-PT num delineamento de teste-reteste com um intervalo de sete dias entre as entrevistas. Foram calculadas as propriedades clinimétricas de consistência interna, reprodutibilidade (confiabilidade e concordância), validade do construto e efeitos de teto e piso. Além disso, análises descritivas e de regressão linear foram realizadas com o intuito de explorar o perfil de atitudes e crenças desses profissionais. Resultados: Os instrumentos apresentaram bons níveis de consistência interna (Alfa de Cronbach variando entre 0,67 e 0,74). A reprodutibilidade destes variou de moderada a substancial (Coeficiente de Correlação Intraclasse variando entre 0,70 e 0,84; Erro-Padrão da Medida variando entre 3,48 e 5,06). Os índices de correlação entre os instrumentos variaram de fraco a moderado (Índice de Correlação de Pearson variando entre 0,19 e 0,62). Não foram detectados efeitos de teto e piso nestes instrumentos. Também foi observado que os fisioterapeutas apresentaram escores próximos do ponto médio dos fatores biomédico e biopsicossocial da escala PABS-PT (média=27,1; DP 7,2 e média=24,3; DP 6,3) respectivamente; assim como para a escala HC-PAIRS (média= 45,5; DP 10,5). Conclusão: Pode-se concluir que tanto a PABS-PT quanto o HC-PAIRS são instrumentos com propriedades clinimétricas adequadas para mensurar as atitudes e crenças de profissionais de saúde sobre pacientes com dor lombar crônica. Além disso, observamos que fisioterapeutas brasileiros possuem incerteza quanto a uma orientação biomédica ou biopsicossocial para o tratamento de pacientes com dor lombar crônica.