Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Mesquita, Wesley dos Reis
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Orientador(a): |
Ricci, Natalia Aquaroni
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Cidade de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Fisioterapia
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/921
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Resumo: |
Introdução: A fragilidade é uma síndrome geriátrica dinâmica e multifatorial, caracterizada pelo declínio cumulativo de múltiplos sistemas. Os cuidados prestados pela Atenção Primária à Saúde são fundamentais para prevenção e intervenção na síndrome da fragilidade, evitando complicações a saúde do idoso e a necessidade de maiores cuidados e gastos em saúde. Objetivo: Verificar o conhecimento dos profissionais da saúde no contexto da Atenção Primária quanto à síndrome da fragilidade no idoso. Método: Estudo observacional de corte transversal realizado na Atenção Primária à Saúde do Estado de Minas Gerais. Foram incluídos profissionais de nível superior que trabalham em equipes de Estratégia de Saúde da Família e Núcleo de Apoio à Saúde da Família por no mínimo 6 meses e que atendem idosos na sua prática clínica. A coleta foi realizada de forma eletrônica através de questionário sobre formação profissional, atuação na Atenção Primária com idosos e conhecimento da síndrome da fragilidade. Os dados foram analisados através de estatística descritiva, análises de concordância, associações e de regressão logística. Resultados: Amostra constituída por 485 profissionais, maioria enfermeiros (62,9%), do sexo feminino (83,3%) e idade média de 35,9±7,2 anos. Pouco mais da metade dos profissionais autorreferiram (52,6%) pouco ou nenhum conhecimento sobre a síndrome e demonstraram baixo conhecimento prático (55,1%) pela identificação de caso clínico. O conhecimento teórico apresentou pior resultado com 87,5% dos profissionais descrevendo a síndrome de forma incorreta. Não houve concordância entre conhecimento autorrelatado, teórico e prático. Os profissionais apresentaram concepções errôneas sobre a fragilidade, como esta ser resultante do envelhecimento natural (83,3%) e ser sinônimo de incapacidade funcional, comorbidade e idade avançada (51,2%). Ainda a maioria desconhecia instrumentos para avaliação da fragilidade (77,9%) e os critérios do fenótipo (68,2%). Segundo os profissionais, a principal dificuldade na implementação de ações na Atenção Primária para prevenção e intervenção da fragilidade é a falta de profissionais capacitados sobre o tema (63,1%) e a forma preferida para aquisição deste conhecimento são os cursos presenciais (62,9%). Os profissionais com especialização ou cursos de formação/capacitação em saúde do idoso apresentam 6,1 e 2,7 mais chances respectivamente, de autorreferir ter algum conhecimento sobre a síndrome da fragilidade. Conclusões: Os profissionais de nível superior da Atenção Primária possuem pouco conhecimento sobre a síndrome da fragilidade. Capacitar estes profissionais faz-se necessário para enfrentar esta condição em idosos da comunidade. |