Influência do período de amamentação na prevalência de mordidas cruzadas posteriores, em três grupos de crianças brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Georgevich, Patrícia Valéria Cunha lattes
Orientador(a): Scavone Jr., Helio lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Odontologia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1193
Resumo: Há evidências de que a amamentação contribui para a prevenção de maloclusões. Assim, decidiu-se investigar a influência da duração da amamentação, sem uso de mamadeira, nas prevalências de mordidas cruzadas posteriores (MCPs), comparando-as em três grupos raciais. A amostra incluiu 1.472 crianças brasileiras paulistas, com dentadura decídua completa, na faixa etária de 2 a 6 anos, divididas em três grupos: 1) leucodermas (242 do gênero masculino e 265 do feminino), 2) feodermas/melanodermas (298 do gênero masculino e 263 do feminino) e 3) xantodermas (202 do gênero masculino e 202 do feminino). Mediante questionários respondidos pelas mães, a amostra foi distribuída em três subgrupos, de acordo com a duração da amamentação: A1 – nunca amamentadas ou com a amamentação interrompida antes de três meses, A2 – amamentação interrompida no início do terceiro até o final do oitavo mês, A3 – amamentação estendendo-se por nove meses ou mais. Realizou-se o diagnóstico das mordidas cruzadas posteriores por meio de exames clínicos, notando-se inversão dos contatos oclusais entre um ou mais dentes posteriores (caninos e/ou molares decíduos), em relação aos seus antagonistas. A associação entre as mordidas cruzadas posteriores e a duração da amamentação foi avaliada pelo teste do qui-quadrado, teste de proporções de Zar (p<0,05) e cálculo da razão de chances (or). As prevalências das mordidas cruzadas posteriores, respectivamente nos grupos A1, A2 e A3, revelaram os seguintes resultados: 1) leucodermas - 25,5%, 21,1% e 6,8%; 2) feodermas/melanodermas - 20%, 19,5% e 4,1%; 3) xantodermas - 16,7%, 4,6% e 2,1% e 4) amostra total - 21,8%, 15,4% e 4,2%. As análises estatísticas evidenciaram que as prevalências das mordidas cruzadas posteriores foram significantemente maiores no subgrupo A1 em relação ao A3, nos três grupos raciais, e no subgrupo A2 em relação ao A3, exceto nos xantodermas. Para a amostra total, observou-se: A1 > A3 (or=6,3), A2 > A3 (or=4,1) e A1>A2 (or=1,5), sempre com p<0,001. Concluiu-se que a maior duração da amamentação, particularmente quando acima de nove meses, está associada a uma expressiva redução na prevalência de mordidas cruzadas posteriores, na dentadura decídua, nos três grupos raciais avaliados.