Ação, paixões e formas de vida do feminino na série televisiva Game of Thrones

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Kélica Andréa Campos de lattes
Orientador(a): Câmara, Naiá Sadi lattes
Banca de defesa: Miyazaki, Tieko Yamaguchi lattes, Abriata, Vera Lúcia Rodella lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Linguística
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1021
Resumo: Com base no referencial teórico da semiótica de linha francesa, a partir dos postulados da semiótica da ação, da semiótica das paixões e dos estudos sobre as formas de vida, analisamos, neste trabalho, a narrativa ficcional seriada televisiva Game of Thrones, a fim de identificar quais as principais características que configuram os atores femininos nos seriados que são produzidos atualmente. Criada por David Benioff e D.B Weiss para o canal a cabo HBO, a narrativa é uma tradução intersemiótica da série literária A Song of Ice and Fire, do escritor norte-americano George R.R. Martin e, desde a apresentação da sua primeira temporada (2011), tem conquistado cada vez mais espaço entre o público da esfera do entretenimento, principalmente os brasileiros. Projetada num universo fictício e ancorada no período medieval, a série, que retrata a disputa pelo poder entre as famílias nobres do continente de Westeros, apresenta atores femininos complexos, entre os quais selecionamos para nossa análise: Daenerys Targaryen, uma jovem tímida e ingênua que é vendida pelo irmão a uma tribo de selvagens; Catelyn Tully Stark, uma mulher que possui forte tato político e é a matriarca de uma das famílias mais importantes do reino; e Cersei Lannister, a rainha de Westeros. Considerando que as narrativas seriadas se constituem como um dos principais produtos culturais responsáveis por disseminar valores e determinar comportamentos através do conteúdo que veiculam, buscamos identificar os papéis actanciais, temáticos, figurativos e patêmicos dos atores femininos selecionados, bem como as principais formas de vida que manifestam. Observamos, na representação desses atores, que os estados de alma são os principais responsáveis pelas transformações em suas formas de vida e que o feminino está associado à maternidade e ao poder, negando as formas de vida de passividade e submissão e fundando uma moral individual modalizada pelo poder-fazer, da ordem do endógeno, e aproximando-se de uma forma de vida igualitária em relação às formas de vida do masculino apresentadas no seriado. Palavras-chave: Formas de vida; paixão; feminino; Game of Thrones