Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Rui Pereira Caparelli de
 |
Orientador(a): |
Pina, Marina Garcia Manochio
 |
Banca de defesa: |
Maníglia, Fabíola Pansani
,
Miranda, Carlos Henrique
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
|
Departamento: |
Pós-Graduação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2316
|
Resumo: |
Introdução: Nas últimas décadas, as Doenças Cardiovasculares são responsáveis por cerca de 30% das causas de morte em todo o mundo. O controle desse impacto e dos fatores de risco para o desenvolvimento dessas doenças ainda é um desafio para a comunidade científica. Objetivo: Avaliar a prevalência e a relação com a mortalidade dos principais fatores de risco cardiovasculares e características sociodemográficas em pacientes internados com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e, posteriormente, estabelecer uma proposta de estratégia de Promoção da Saúde. Procedimento Metodológico: Estudo analítico, observacional e transversal realizado por meio de 675 prontuários eletrônicos dos pacientes internados na Unidade Coronariana do Hospital do Coração de Franca entre julho de 2017 e junho de 2019. Os dados foram coletados por meio de um roteiro elaborado pelos autores, considerando informações pessoais, fatores de risco cardiovascular e condições sociais. Para a análise estatística foi utilizado o cálculo da prevalência e da razão de chances (OR) e/ou teste do qui-quadrado para a relação das variáveis com a mortalidade. Resultados: Os pacientes tinham em média 63,37 anos (DP: 11,91), e a prevalência dos principais fatores de risco foi: idade acima de 50 anos (88,5%), hipertensão arterial sistêmica (75,6%), sexo masculino (63,3%), obesidade (49,2%), tabagismo (39,5%), Diabetes Mellitus tipo 2 (34,1%), dislipidemia (31,4%) e etilismo (20,7%). A maior parte tinha escolaridade nível primário (5,3% não alfabetizados e 43,1% nível primário). Dentre os fatores relacionados à internação, 52,3% dos pacientes apresentavam IAM com supradesnivelamento do Segmento ST, 31,4% apresentavam menos de 12h de evolução quando internaram e 32,6% apresentaram complicações como insuficiência renal, parada cardíaca na admissão ou choque cardiogênico durante. A mortalidade geral foi de 8,7% e foi mais relacionada com a idade, com a média de idade dos que foram a óbito de 70,03 em relação aos que não foram de 62,74 anos (p<0,001), presença de hipertensão arterial sistêmica (OR 2,181: IC 95% 1,013-4,696: p=0,042), sexo feminino (OR 0,391; IC 95% 0,228-0,673; p<0,001), estado civil viúvo (X²=13,677; df=4; p=0,008), aposentados (X²=13,893; df=3: p=0,003) diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (OR 0,491; IC 95% 0,278-0,866; p=0,013) e a presença de complicações (X²=223.594; df=7; p<0,001). Conclusões: Os resultados sugerem uma prevalência maior, em relação à população em geral, dos principais fatores de risco, em especial a hipertensão arterial, que se relacionou com a mortalidade. Os principais fatores sociodemográficos encontrados foram: pacientes casados, com baixa escolaridade, etnia branca, sexo masculino, aposentados e com procedência da região norte da cidade, sendo que apenas o sexo feminino, a perda do cônjuge e os aposentados foram associados ao aumento de mortalidade. A proposta de estratégia de promoção da saúde direcionada a essa população por meio da estratificação em níveis de instrução, se faz urgente para a redução do impacto das Doenças Cardiovasculares nesses indivíduos. Palavras-chave: Doenças Cardiovasculares, Fatores de risco, Infarto Agudo do Miocárdio, Promoção da Saúde. |