Regeneração natural após remoção de espécies vegetais exóticas invasoras em um fragmento da floresta ombrófila mista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Frasson, Marcia Lapa lattes
Orientador(a): Maranho, Leila Teresinha lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental
Departamento: Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2398
Resumo: As Unidades de Conservação apresentam-se como alternativa para preservação e conservação da biodiversidade, pois contribuem para a manutenção de interações nos ecossistemas naturais. Na contramão deste processo, o avanço da ocupação destas áreas por espécies exóticas invasoras e o impacto ambiental que elas causam foram a tônica do interesse despertado na pesquisa, para garantir qualidade ambiental do ponto de vista ecológico, criando mecanismos de gestão ambiental que possibilitem a restauração da biodiversidade nativa e o restabelecimento dos processos ecológicos. No Parque Natural Municipal Tanguá, como parte integrante do Projeto Biocidade da Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba, foram removidos, em 2007, 381 indivíduos dos gêneros Pinus e Eucalyptus. Entretanto, não houve o monitoramento da regeneração das espécies exóticas invasoras e de seu impacto na regeneração de espécies nativas do fragmento da Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária). O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura da vegetação, assim como o impacto das espécies exóticas invasoras sobre a regeneração de espécies nativas. O estudo foi desenvolvido no remanescente natural, foram registrados os indivíduos vivos das espécies que se encontram regenerando naturalmente em duas áreas onde houve a remoção das espécies vegetais exóticas invasoras, e na área em que não se registrou a ocorrência da invasão (área controle), denominadas Regeneração 1 (R1), Regeneração 2 (R2) e Regeneração 3 (R3), respectivamente. Os parâmetros fitossociológicos estimados foram: densidade (absoluta e relativa), frequência (absoluta e relativa), dominância (absoluta e relativa), valor de importância, os índices de biodiversidade e similaridade florística. No levantamento florístico constatou-se a presença de 46 espécies pertencentes a 37 gêneros e 24 famílias, sendo as famílias Asteraceae, Fabaceae, Rosaceae Solanaceae as mais representativas. As espécies com maior Valor de Importância foram Allophylus edulis 146,9 (R3), Baccharis dracunculifoia 54,3 (R1) e Myrsine coriacea 45, 9 (R2). O índice de diversidade de Shannon (H’) demonstrou 1,82 para R1; 2,42 para R2; e 2,40 para R3. Quanto ao índice de Similaridade de Jaccard o resultado demonstra a pouca similaridade entre as áreas, sendo de 4% entre R1 e R2; 0% entre R1 e R3; e 18% entre R2 e R3. O fragmento de floresta encontra-se bastante alterado pelas atividades antrópicas, entretanto, observa-se o favorecimento da regeneração natural pela constatação de espécies da flora nativa. Em relação aos estágios de sucessão, pode-se considerar R1 como inicial, R2 como intermediário e R3 como avançado. A partir dos resultados obtidos, diretrizes foram elaboradas para a gestão ambiental da Unidade de Conservação no que concerne ao manejo adequado das espécies vegetais exóticas invasoras.