Efeito do laser de baixa potência na cicatrização de feridas cutâneas experimentais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Vieira, Sandra Aparecida Luiz
Orientador(a): Castro, Márcio Botelho de lattes
Banca de defesa: Bolzan, Aline Adriana lattes, Nascif Júnior, Iucif Abrão lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/651
Resumo: Este trabalho teve como objetivo comparar os resultados obtidos na pesquisa experimental com laser de baixa potência, diodo AlGa, comprimento de onda de 660nm, com diferentes doses. Utilizaram-se 54 ratos Wistar, divididos em grupos controle, grupos submetidos a laserterapia na dose de 4J/cm² e grupos submetidos a laserterapia na dose de 8J/cm². Realizou-se avaliação macroscópica diária, de todos os animais, pela paquimetria das feridas cutâneas. Para isso, os animais foram anestesiados via inalatória com halotano. Os dados obtidos foram analisados pelo teste T de Student com 95% de significância (p<0,05). Todas as análises foram realizadas com programa GraphPad Prism 4.0. Para o exame histopatológico, nos períodos de 3, 7 e 14 dias, os animais foram eutanasiados nos dias 4, 8 e 15 após a cirurgia experimental. Retirou-se cirurgicamente as áreas da lesão e circunjacente, que foram colocadas em formalina tamponada a 10% e identificadas. O material retirado foi processado, incluído em parafina, realizado cortes de 4µm de espessura e corado com hematoxilina-eosina (HE). As amostras foram analisadas à microscopia óptica de luz, observadas e avaliadas semi-quantitativamente, os processos inflamatórios, grau de epitelização, fibras de colágeno e edema. O número de neovasos foi contado em gratícula para microscópio em área padronizada de 0,25 mm2. Os resultados, da avaliação macroscópica mostraram que, 50% dos animais tratados com laserterapia na dose de 4J/cm² tiveram cicatrização total no 12o dia de tratamento, e 83,3% dos animais apresentaram a mesma resposta no 14ºdia. No grupo de animais submetidos a laserterapia na dose de 8J/cm², apenas 16,6% dos animais apresentaram cicatrização total no 12º dia de tratamento, e 66,6% dos animais no 14° dia de tratamento. Portanto, a menor dose teve maior capacidade de acelerar o processo de cicatrização. A análise morfométria da ferida cutânea demonstrou que, no 7ºdia após início do tratamento, havia número médio estatisticamente maior de neovasos (p<0,05) nos animais tratados com laserterapia na dose de 4J/cm2, quando comparado ao grupo controle. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos, controle e 8J/cm2 neste mesmo período. No 14o dia não foram observadas diferenças significativas entre todos os grupos avaliados. Todos os animais, independente do grupo pertencente, apresentaram 100% de reepitelização das feridas cutâneas ao 14o dia. Esse fato se deu, provavelmente, em razão do modelo animal utilizado nessa pesquisa ter cicatrização espontânea em um período de tempo relativamente curto. A metodologia empregada para avaliação do edema, formação de fibras colágenas e infiltrado inflamatório, não foi capaz de detectar diferenças significativas entre os grupos nos períodos analisados (3, 7 e 14 dias). Conclui-se que a radiação com laserterapia de baixa potência, com comprimento de onda de 660nm, nas doses de 4J/cm² e 8J/cm² não apresentaram diferenças estatísticas entre si. Porém, macroscopicamente houve diferença, em relação à cicatrização total, entre os animais tratados e os não tratados com radiação laser. Esse trabalho veio demonstrar a importância do uso da laserterapia de baixa potência em afecções que comprometem as integridades, física, psíquica, social e econômica de grande número de seres humanos.