As práticas das organizações e o desenvolvimento sociotécnico: um estudo de caso de um sistema regional de inovação vitivinícola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Savagnago, Moriel lattes
Orientador(a): Cunha, Sieglinde Kindl da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1881
Resumo: Um dos grandes vetores de crescimento das nações ao redor do mundo são as suas organizações, e um dos meios de fortalecimento destas, é a sistematização de aglomerados empresariais que recebem nomenclaturas diversas, como clusters, APLs, sistemas de inovação, entre outros. Por outro lado, o crescimento e o alcance da perenidade das organizações estão vinculados à capacidade de inovação, o que é um grande desafio, pois inovar remete à expressão “fazer diferente”, o que nem sempre agrada à sociedade onde tal inovação surge, e por isso precisa superar desafios até se disseminar na sociedade. Nesse contexto, o presente estudo buscou compreender o processo de desenvolvimento sociotécnico dos aglomerados empresariais, utilizando como objeto de estudo, um núcleo setorial de vitivinicultores, o qual é caracterizado como um sistema regional de inovação. Como suporte teórico ao trabalho, escolheu-se a teoria dos sistemas regionais de inovação, a teoria da transição sociotécnica e a teoria das práticas sociais. O objetivo desta pesquisa é compreender como as práticas dos produtores vitivinícolas se relacionam com o desenvolvimento sociotécnico de um sistema regional de inovação. Para se alcançar tal objetivo, este trabalho realizou um estudo de caso, adotando estratégias qualitativas de pesquisa, sob pressupostos filosóficos do construtivismo social e do interpretativismo. Foram utilizados métodos diversos de coleta de dados, como entrevistas, observações - indireta e participante, diário de campo, e pesquisa documental. Esta pesquisa é caracterizada como exploratória, pois buscava a familiarização do pesquisador com o tema em sua primeira fase, e descritiva, pois descreveu todo o processo. O nível de análise do trabalho é o micro - dos nichos - de acordo com a perspectiva multi-nível, e a unidade de análise, são as práticas e as relações desenvolvidas entre os atores. Para a análise e interpretação dos dados, foram utilizadas as técnicas análise de conteúdo, análise da narrativa e em alguns casos a análise do discurso. O estudo concluiu que foi assertiva a utilização da estratégia qualitativa, sendo imprescindível a utilização da observação para a apreensão dos significados necessários ao alcance dos objetivos. Além disso, concluiu-se que o processo de transição sociotécnica nos sistemas de inovação está carregado de componentes subjetivos, como os elementos da prática social: aceitação, entendimentos, motivação, regras, aprendizagem e estruturas teleoafetivas, inerentes aos atores que formam o sistema pesquisado e por isso, devem ser analisados com o suporte de uma teoria com viés interpretativista ou construtivista social.