Agente de combate às endemias no processo de trabalho da equipe de saúde da família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Marcelo Marques lattes
Orientador(a): Figueiredo, Glória Lúcia Alves lattes
Banca de defesa: Santos, Branca Maria de Oliveira lattes, Silva, Edileusa da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/927
Resumo: O objetivo desse estudo foi identificar a inserção dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) no processo de trabalho das equipes de Saúde da Família (SF), a partir dos relatos de suas atividades junto às famílias e equipes de um município de Minas Gerais. Trata-se de um estudo descritivo e de corte transversal. Fizeram parte desse estudo 57 ACE, que responderam a um questionário próprio, autoaplicável, constituído de perguntas fechadas e abertas. Verificou-se que 81% são do sexo feminino, 72% com idade abaixo de 40 anos, 72% completaram o ensino médio e todos apresentaram menos de seis anos de experiência de trabalho como ACE. Quanto ao número de imóveis 61,5% dos ACE têm sob sua responsabilidade um total de 800 a 1000 imóveis, sendo que 95% realizam diariamente mais de 31 visitas aos domicílios. Observou-se que 51% dos ACE não realizaram o Curso Introdutório de formação, mas 86% relataram ter participado de cursos de capacitação durante o trabalho promovido pela Secretaria Municipal. 88% relataram não serem bem recebidos pelos familiares nas visitas domiciliares. No processo de trabalho das equipes de SF, as atividades não são apenas de um indivíduo, trata-se de atividades coletivas, conjuntas e complementares. Depreendemos que as ações do ACE no processo de trabalho das equipes de SF se tornam complexas, uma vez que envolve a sua formação, preparo para as atividades, além da organização e gestão dos serviços. Embora se sentissem integrados com a equipe, observou-se que nas reuniões semanais de equipe, mais de 50% dos ACE relataram não ter espaço para apresentarem os resultados de suas ações. As informações e o conhecimento das necessidades das famílias apreendidas por eles, durante as visitas domiciliares ou de modo informal, enquanto objeto do processo de trabalho, não foram valorizadas pela equipe. A alteração da atenção à saúde das pessoas, substituindo as práticas convencionais de assistência implica em um novo processo de trabalho e requer maior dedicação aos integrantes e às famílias. Um movimento de reconhecimento e valorização desses atores precisaria ser mobilizado, pois a incorporação do ACE nas equipes de SF demonstra potencial para efetivação do atendimento à saúde de forma integral, buscando a participação das famílias na resolubilidade dos problemas e na promoção de saúde. Palavras-chave: atenção à saúde; promoção de saúde; programa saúde da família.