Efeito do paratormônio associado ao uso de biomateriais no crescimento ósseo vertical guiado: estudo pré-clínico em calvária de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Begnini, Gilmar José lattes
Orientador(a): Deliberador, Tatiana M. lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia Clínica
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2154
Resumo: A busca por terapêuticas que almejam o crescimento ósseo vertical, na reconstrução dos maxilares, abrange a utilização de guias cirúrgicos, materiais de enxertia, associados ao uso de carreadores e hormônios. O objetivo deste estudo foi: 1) descrever uma metodologia simplificada e de fácil confecção de um capacete de resina (“resin cap”) para crescimento ósseo vertical em calvária de ratos e 2) avaliar o efeito local e sistêmico do paratormônio (PTH) associado ao uso de biomateriais de origem bovina ou sintética no crescimento ósseo vertical em calvárias de ratos por meio das análises histológica e histomorfométrica. Para atingir o primeiro objetivo foram confeccionados 14 “resin caps” utilizando resina acrílica inserida em cápsulas plásticas de medicamentos. Na calvária de 14 ratos foram realizados dois defeitos de 5 mm de diâmetro (defeito A e defeito B). O defeito A serviu de leito doador do osso autógeno, que foi particulado e preencheu o defeito B, que foi coberto com o “resin cap” que serviu de guia para o crescimento ósseo vertical. Esses animais foram distribuídos em dois subgrupos para a eutanásia com 15 e 60 dias de pós-operatório. Os resultados foram analisados por histologia na qual revelou a presença de tecido ósseo neoformado por quase todo o espaço interno do “resin cap” em ambos os períodos experimentais. Para atingir o segundo objetivo 28 ratos machos foram aleatoriamente distribuídos em 4 grupos: Grupo B (Bio-Oss®), Grupo B_PTH (Bio-Oss® com PTH), Grupo N (Nanosynt®) e Grupo N_PTH (Nanosynt® com PTH) (n = 7). Na calvária dos animais, foram criados, dois defeitos ósseos em formato de fenda circular com diâmetro de 5 mm com mais cinco sítios decorticalizados. As fendas ósseas circulares serviram para encaixar os capacetes de resina acrílica (5 mm de diâmetro, 3 mm de altura e 0,2 mm de espessura), preenchidos com os biomateriais, associados ou não ao PTH. No Grupo B, o interior do capacete de resina foi preenchido apenas com Bio-Oss®; no Grupo B_PTH, o interior do capacete de resina foi preenchido com BioOss® embebido com 20 µg PTH; no Grupo N o interior do capacete de resina foi preenchido apenas com Nanosynt®; no Grupo N_PTH o interior do capacete de resina foi preenchido com Nanosynt® embebido com 20 µg PTH. Nos animais dos grupos Grupo B_PTH e Grupo N_PTH foram feitas aplicações sistêmicas, via subcutânea, de PTH, na dose de 20 µg a cada 10 dias, até o período da eutanásia. Os animais dos grupos B e N receberam, da mesma forma e pelo mesmo período injeções de solução salina. A eutanásia foi realizada com 15 e 60 dias de pós-operatório. Foram realizadas as análises histológica e histomorfométrica. Os dados foram submetidos a análise estatística (teste de ANOVA de dois fatores com pós teste de Tukey) com nível de significância 0,05. Aos 15 dias, em todos os grupos, observou-se partículas remanescentes do biomaterial permeadas por tecido conjuntivo fibroso e neoformação óssea imatura. Sendo o grupo B foi o que apresentou maior quantidade de biomaterial remanescente (2,75 mm2 ± 0,74 mm2 ), em relação aos demais grupos, grupo B_PTH (1,58 mm2 ± 0,36 mm2 ), grupo N (1,54 mm2 ± 0,73 mm2 ), grupo N_PTH (1,31 mm2 ± 0,51 mm2 ). Não houve diferença em relação a quantidade de osso neoformado entre os grupos. Aos 60 dias, em todos os grupos, a neoformação óssea estava madura e permeava as partículas do biomaterial e o tecido conjuntivo a partir da base do defeito seguindo as paredes internas do capacete de resina até preencher praticamente todo o espaço. Os capacetes de resina mantiveram o material em seu interior e a cicatrização isolada dos tecidos adjacentes. Não houve diferença em relação a quantidade de biomaterial remanescente e osso neoformado entre os grupos. Conclui-se que os “resin caps” idealizados neste estudo são de confecção simples e econômica, biotoleráveis aos tecidos adjacentes ao campo cirúrgico, com encaixe preciso à ranhura óssea e que o crescimento ósseo vertical é possível de ser alcançado com esta metodologia e que ambos os biomateriais pesquisados podem ser considerados como escolhas para esses procedimentos. A utilização não intermitente do PTH, na periodicidade de dez dias, parece não gerar benefícios ao enxerto e a neoformação óssea.