Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Iris Leda Camargos Silva
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Orientador(a): |
Andrade, Mônica de
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Banca de defesa: |
Mencaroni, Denise Aparecida
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Rocha, Semíramis Melani de Melo
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/615
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Resumo: |
A hanseníase representa ainda um grave problema de saúde pública no Brasil e sobretudo em Paracatu (MG), município considerado como prioritário para o controle da doença, pelo Programa Nacional de controle da Hanseníase, devido ao seu alto índice de detecção da doença (detecção de 3,73/10.000 hab. em 2008). A prevenção da hanseníase consiste em evitar contato físico com portadores da doença, acompanhar o tratamento do portador e seus contatos, assegurando sua cura. No entanto, uma parte importante dos contatos de crianças previamente tratadas, não haviam comparecido ao serviço de saúde para realização do exame dermatoneurológico. Os objetivos estabelecidos neste estudo foram: conhecer o perfil socioeconômico dos contatos de escolares tratados de hanseníase no município de Paracatu (MG), entre os anos de 2004 a 2006, identificar o conhecimento sobre a doença, a percepção sobre os serviços de saúde do município e, identificar os motivos do não comparecimento para a realização do exame dermatoneurológico preconizado. Foi desenvolvido um roteiro de entrevista semi-estruturada, aplicado em visitas domiciliárias, no ano de 2009, a 46 sujeitos de 33 famílias. Os resultados apontaram que, do total de 46 contatos pesquisados, 61% eram do sexo masculino, 24% encontram-se entre a faixa etária de 21 a 28 anos, 33% eram os pais das crianças acometidas com hanseníase, 54% foram considerados analfabetos funcionais, com renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. Entre os entrevistados, 78% residiam em bairros periféricos, de baixas condições socioeconômicas e infraestrutura sanitária precária. O principal motivo referido por 38% dos contatos para a não realização do exame dermatoneurológico foi falta de tempo devido ao horário trabalho. O risco de adquirir a doença era desconhecido por 50% dos entrevistados, que sugeriram ampliação dos horários de atendimento e visitas domiciliárias por parte da equipe de saúde com maiores informações e divulgações da doença como melhorias ao acesso aos serviços de saúde. Conclusão: a reorientação dos serviços de saúde, do ponto de vista do usuário, pode ampliar a ações de promoção de saúde, de prevenção da doença e adesão ao tratamento da hanseníase. |