Enteroparasitoses em crianças de 0 a 6 anos de creches municipais de Rio Verde-GO e sua interface com o meio ambiente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Zaiden, Marilúcia Fonseca lattes
Orientador(a): Santos, Branca Maria de Oliveira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/524
Resumo: Este estudo, de caráter descritivo-analítico, teve como objetivo avaliar a interface entre a incidência de enteroparasitos em crianças de 0 a 6 anos de quatro creches municipais de Rio Verde-GO e o meio ambiente, com base na incidência dos protozoários e helmintos entéricos nas crianças, por creche selecionada, e o relacionamento dos índices encontrados com fatores predisponentes. Foram coletadas amostras fecais de 276 crianças, as quais foram submetidas a dois métodos laboratoriais de diagnóstico, a saber: método de Hoffman, Pons e Janer e método de Faust. Para subsidiar os resultados obtidos dessa coleta foi utilizado também um formulário, o qual foi aplicado às mães e/ou responsáveis pelas crianças, contendo a identificação da criança e os fatores predisponentes às verminoses. Os resultados apontaram maior incidência de crianças na faixa etária de quatro anos, do sexo feminino, procedente do próprio bairro onde a creche estava localizada, cujos responsáveis, na sua maioria, possuíam escolaridade fundamental incompleta (71,0%). Os resultados dos exames coprológicos evidenciaram que do total das crianças do sexo feminino, 42,3% apresentaram positividade e, do total das do sexo masculino, 37,7% também apresentaram resultados positivos, sem que fosse detectada diferença significativa entre os resultados. Em relação às espécies de enteroparasitos, os dados evidenciaram maior incidência do protozoário Giardia lamblia (21,4%) e Entamoeba coli (12,0%). Em terceiro lugar vem a associação entre Giardia lamblia e Entamoeba coli (3,3%) e em quarto lugar Hymenolepis nana com 1,4%. Ao buscar a distribuição dos resultados coprológicos por creche pesquisada, observou-se maior incidência de Giardia lamblia na creche 1 (Central) com 36,7%, seguida da creche 2 (27,8%), creche 3 (21,2%) e creche 4 (13,6%). A incidência de Entamoeba coli comportou-se de forma oposta, tendo sido maior na creche 4 (16,0%), seguida da 3 (12,1%), da 2 (11,1%) e da 1 (2,0%). Já os resultados da associação de Giardia lamblia e Entamoeba coli demonstraram maior incidência na creche 2 (5,5%) seguida da 3 (4,6%) e da 4 (3,2%). Esses resultados aliados ao conjunto de dados advindos do levantamento dos fatores predisponentes às enteroparasitoses possibilitaram um leque de reflexões acerca dos resultados, reforçando o fato de que as enteroparasitoses representam um grave problema de saúde pública e que estão relacionadas aos fatores de risco que os indivíduos estão expostos durante a vida, principalmente as crianças.