Propriedades de medida do índice anamnésico de fonseca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pedrosa, Alexsandra de Souza lattes
Orientador(a): Cabral, Cristina Maria Nunes lattes, Costa, Lucíola da Cunha Menezes lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Fisioterapia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1153
Resumo: Esta dissertação de mestrado tem como objetivo discutir a utilização de alguns instrumentos responsáveis pela avaliação e consequente diagnóstico da disfunção temporomandibular. A disfunção temporomandibular é multifatorial e, como não existe uma causa específica, torna-se necessária a utilização de instrumentos que avaliem o paciente acerca dos sinais e sintomas apresentados. No Brasil e em outros países, costuma-se utilizar o Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), que é um instrumento bastante longo, para chegar a um diagnóstico específico. Quando comparado ao RDC/TMD, o Índice Anamnésico de Fonseca é um questionário de triagem com um menor tempo de aplicação, exigindo também menor capacidade diagnóstica do profissional. Desta forma, o capítulo 2 teve como objetivo testar as propriedades de medida do Índice Anamnésico de Fonseca em participantes com e sem disfunção temporomandibular, segundo o próprio Índice. Foram avaliados 330 estudantes universitários e a pesquisa foi realizada em três etapas. Na primeira etapa, foi aplicado o Índice Anamnésico de Fonseca com a finalidade de classificar os participantes em relação à severidade dos sintomas de disfunção temporomandibular e testar a consistência interna do instrumento. Na segunda etapa, a aplicação foi repetida após 48 horas para testar a reprodutibilidade do questionário através de um delineamento de teste-reteste. A terceira etapa foi realizada com um intervalo máximo de cinco dias a partir da primeira aplicação do Índice Anamnésico de Fonseca, sendo utilizado o RDC/TMD para a triagem diagnóstica, além de realizar uma correlação exploratória entre oito questões do Eixo II do RDC/TMD e o Índice Anamnésico de Fonseca. Observou-se que o Índice Anamnésico de Fonseca apresentou consistência interna adequada, com um índice alfa de Cronbach de 0,80 (alfa de Cronbach para cada item deletado: 0,75-0,80). Também mostrou confiabilidade excelente (Coeficiente de Correlação Intraclasse: 0,93; Intervalo de Confiança a 95%: 0,91 a 0,94) e boa concordância (Erro Padrão da Medida: 6,08 pontos). Na correlação exploratória, houve correlação fraca (r=0,27) entre o Índice Anamnésico de Fonseca e a questão 11 do Eixo II do RCD/TMD e correlação moderada (r=0,45) com a questão 19 do Eixo II do RDC/TMD, enquanto as demais questões não apresentaram correlação. Como considerações finais, observou-se a importância de ter um instrumento no português brasileiro com propriedades de medidas avaliadas para a realização de estudos bem conduzidos. O Índice Anamnésico de Fonseca mostrou-se de fácil aplicação, podendo ser utilizado para a triagem de pacientes com disfunção temporomandibular, pois apresentou propriedades de medida adequadas, especialmente considerando a consistência interna e a reprodutibilidade. Porém, a avaliação da validade do construto não foi realizada pela falta de instrumentos semelhantes no português brasileiro. São necessários mais estudos, como, por exemplo, de acurácia diagnóstica do Índice Anamnésico de Fonseca, para que outros pesquisadores possam realizar grandes estudos epidemiológicos de forma que se conheça a epidemiologia da disfunção temporomandibular no Brasil.